“Por onde deve começar-se a história do Brasil?”: eurocentrismo, historiografia e o Antropoceno
RESUMO O presente artigo parte de debate ocorrido na segunda metade do século XIX na historiografia brasileira a respeito de qual deveria ser o ponto de partida de uma narrativa da história do Brasil: a Europa (por meio do contexto da expansão europeia e das Grandes Navegações) ou a América (descrev...
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Veröffentlicht in: | Topoí (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2022-04, Vol.23 (49), p.70-93 |
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Hauptverfasser: | , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | RESUMO O presente artigo parte de debate ocorrido na segunda metade do século XIX na historiografia brasileira a respeito de qual deveria ser o ponto de partida de uma narrativa da história do Brasil: a Europa (por meio do contexto da expansão europeia e das Grandes Navegações) ou a América (descrevendo-se, primeiramente, o território e as populações indígenas). Este debate envolvia a questão de definir os “antecedentes” da história do Brasil, assumindo para a história uma lógica narrativa dotada de implicações. O processo histórico assim escolhido definia um “centro” para a história do Brasil, que poderia ser “interno” (território e populações indígenas) ou “externo” (Europa, ou processo de expansão do capitalismo comercial). Aqui, buscamos analisar as implicações dessa tríade teórica antecedentes-processo-centro na historiografia de formação brasileira à luz, por fim, de reavaliações possíveis do lugar e papel das populações indígenas e da natureza na história.
RESUMEN El presente artículo parte del debate ocurrido en la segunda mitad del siglo XIX en la historiografía brasileña sobre cuál debería ser el punto de partida de una narrativa de la historia del Brasil: Europa (por medio del contexto de expansión europea y de las Grandes Navegaciones) o América (describiéndose, principalmente, el territorio y las poblaciones indígenas). Este debate envolvía la cuestión de definir los “antecedentes” de la historia de Brasil, asumiendo para la historia una lógica narrativa dotada de implicaciones. El proceso histórico así escogido definía un “centro” para la historia de Brasil, que podría ser “interno” (territorio y poblaciones indígenas) o “externo” (Europa, o proceso de expansión del capitalismo comercial). Aquí buscamos analizar las implicaciones de esa trilogía teórica antecedentes-proceso-centro en la historiografía brasileña a la luz, por fin, de las revaluaciones posibles del lugar y el papel de las poblaciones indígenas y de la naturaleza en la historia.
ABSTRACT This paper follows a late nineteenth-century debate in Brazilian historiography about the proper starting point for narratives of Brazilian history: Europe (European expansion and the great voyages of early modern period) or America (with descriptions of the territory and native peoples). This debate centered on defining the “antecedents” of Brazilian history, which would fit a narrative logic with particular implications. The chosen historical process would, in its turn, would help identify a “ |
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ISSN: | 1518-3319 2237-101X 2237-101X |
DOI: | 10.1590/2237-101x02304903 |