Hanseníase e a atenção primária: Desafios educacionais e assistenciais na perspectiva de médicos residentes
A atenção primária é o nível de atenção privilegiado para ações de controle da hanseníase, doença infecciosa, negligenciada e estigmatizante, que ainda não foi controlada como problema de saúde pública no Brasil. Para descrever a percepção de médicos que atuam na atenção primária acerca da hansenías...
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Veröffentlicht in: | Hansenologia internationalis 2015-11, Vol.40 (2), p.2-16 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | A atenção primária é o nível de atenção privilegiado para ações de controle da hanseníase, doença infecciosa, negligenciada e estigmatizante, que ainda não foi controlada como problema de saúde pública no Brasil. Para descrever a percepção de médicos que atuam na atenção primária acerca da hanseníase, foi realizado um grupo focal com sete residentes de Medicina de Família e Comunidade do município de Betim, Minas Gerais. Resultados: A análise do conteúdo apontou para as subcategorias das “fontes de conhecimento”, da “assistência no nível primário” e da “educação em saúde”. Demonstrou-se uma formação para hanseníase na graduação médica foi predominantemente teórica, com poucos casos e no serviço a educação permanente foi insuficiente. Na categoria da assistência, apontou-se a exigência de um alto nível de suspeição para avaliação clínica da hanseníase, e reconheceu-se a Atenção Primária como âmbito adequado para os pacientes a despeito da demanda excessiva e estrutura física inadequada; a referência obrigatória para serviços especializados cria divisões, amplia o estigma e dificulta o acompanhamento horizontal dos pacientes com esta doença. Nas práticas educativas, percebe-se a dissociação entre a doença e sua real gravidade, fato atribuído à mudança da nomenclatura; quanto à comunicação, há necessidade de um linguajar popular, uso da mídia de massa.O estigma foi um tema transversal. Conclusão: as três categorias de análise, conhecimentos (ausentes) - assistência (insuficiente) - educação em saúde (para suspeição) se integram para explicar as dificuldades do cuidado; a graduação em medicina foi insuficiente, baseada em conteúdo teórico, poucos casos, e gera a percepção de uma doença rara, do campo de ação do subespecialista. As ações educativas devem associar o sintoma «mancha» à gravidade da doença, e demanda uma Atenção Primária efetiva para atender adequadamente a estas pessoas. |
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ISSN: | 0100-3283 1982-5161 |
DOI: | 10.47878/hi.2015.v40.36169 |