IMPACTO DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS NA DOAÇÃO DE SANGUE NO BRASIL: UMA COMPARAÇÃO COM O CENÁRIO MUNDIAL

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,4% da população brasileira doa sangue, adequando-se à recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 1-3% da população de cada país ser doadora. Porém, observam-se disparidades na captação de sangue no Brasil, deixando hemocentros em alerta de estoque...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2024-10, Vol.46, p.S1147-S1148
Hauptverfasser: Araujo, MB, Blitzkow, JFG, Goularte, MN, Gaio, GS, Molon, VM, Rosa, MEDES, Damasceno, LR, Anton, MV, Araujo, DGB
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,4% da população brasileira doa sangue, adequando-se à recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 1-3% da população de cada país ser doadora. Porém, observam-se disparidades na captação de sangue no Brasil, deixando hemocentros em alerta de estoque. Para ampliar o recrutamento de potenciais doadores, é imprescindível compreender as barreiras e fatores socioeconômicos envolvidos, além de avaliar condições determinantes no processo de doação. Analisar os principais fatores socioeconômicos envolvidos no processo de doação de sangue e o perfil predominante dos doadores e não doadores. Revisão integrativa de literatura a partir dos descritores em saúde (Socioeconomic Factors, blood donation, Blood donors) nos últimos 10 anos, nas bases de dados PubMed, Scielo e LILACS. No período, encontramos 108 artigos publicados. Destes, 102 foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios de elegibilidade. Seis foram incluídos nesta revisão, avaliando fatores socioeconômicos da doação de sangue no Brasil (n = 4), nos Estados Unidos (n = 1) e na União Europeia (n = 1) por meio de inquérito populacional e análises secundárias de resultados obtidos. No Brasil, a prevalência de doadores constitui-se por homens, brancos, de meia-idade, com nível educacional e socioeconômico médio-elevado. Condições médicas, falta de tempo e de informação mostraram-se os maiores empecilhos para a doação. Nos Estados Unidos, a idade, etnia e localização geográfica foram os fatores mais influentes na doação, sendo os indivíduos jovens, brancos, nativos e moradores de locais, com maior acesso a centros de coleta. Indivíduos do sexo masculino, graduados e praticantes de atividade física também se mostraram parte deste grupo. Na Europa, evidenciou-se o predomínio do ato entre indivíduos homens (apesar da diminuição da disparidade de gênero ao longo dos anos), casados, de meia-idade, empregados e de maior nível de escolaridade, além do aumento no número de doadores provenientes de zonas rurais. Homens, de maneira geral, doam sangue mais frequentemente do que mulheres, o que pode ser atribuído às diretrizes de doação que garantem segurança do doador, como peso mínimo, gravidez e níveis de hemoglobina, que diminuem a chance de novas doações pelas mulheres. Maiores índices de escolaridade se traduzem em melhores taxas de doação, devido à disseminação de conhecimento e conscientização eficaz sobre a doação de sangue. Já menores condições financeiras,
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.2006