Danação e redenção da memória do Infante D. Pedro nas Crônicas de Gomes Eanes de Zurara

   Neste artigo, discute-se como a damnatio memoriae imposta por D. Afonso V ao infante D. Pedro no contexto da Batalha de Alfarrobeira, em 1449, bem como a revogação de tal pena, em 1455, refletem-se nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara. Demonstra-se que, no período em que vigorou a citada damnati...

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Veröffentlicht in:Revista de História (São Paulo) 2021-04 (180), p.1-36
Hauptverfasser: Guimarães, Jerry Santos, Moreira, Marcello
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:   Neste artigo, discute-se como a damnatio memoriae imposta por D. Afonso V ao infante D. Pedro no contexto da Batalha de Alfarrobeira, em 1449, bem como a revogação de tal pena, em 1455, refletem-se nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara. Demonstra-se que, no período em que vigorou a citada damnatio memoriae, Zurara escreveu, a mando do rei, suas duas primeiras obras: a Crónica da Tomada de Ceuta e a Crónica de Guiné, motivo pelo qual o infante D. Pedro, enquanto personagem, quando não é esquecido, é lembrado desfavoravelmente pelo cronista. Contudo, observa-se uma redenção mnemônica do infante D. Pedro nas duas últimas crônicas zurarianas, a saber, a Crónica do Conde D. Pedro de Meneses e a Crónica do Conde D. Duarte de Meneses, compostas após a reabilitação oficial da memória do ex-regente por parte do monarca. 
ISSN:0034-8309
2316-9141
2316-9141
DOI:10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.170150