EP-033 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), cuja transmissão ocorre principalmente via sexual, hematogênica e vertical. A infecção no sistema imune do hospedeiro pelo HIV gera um quadro clínico marcado por três fases: infecção aguda (sintoma...
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Veröffentlicht in: | The Brazilian journal of infectious diseases 2024-10, Vol.28, p.103963 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), cuja transmissão ocorre principalmente via sexual, hematogênica e vertical. A infecção no sistema imune do hospedeiro pelo HIV gera um quadro clínico marcado por três fases: infecção aguda (sintomas gripais, como febre e mialgia), estágio de latência (quadro assintomático) e AIDS propriamente dita (sintomas de imunodeficiência, como infecções oportunistas e neoplasias). Como a AIDS representa um grave problema de saúde pública, urge a necessidade de um estudo epidemiológico no país para que sejam elaboradas políticas públicas eficazes.
Analisar o perfil epidemiológico da AIDS no Brasil entre 2013 e 2022.
Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com base em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL). Incluíram-se os casos notificados de AIDS entre 2013 e 2022 no Brasil. As variáveis utilizadas foram ano do diagnóstico, sexo, região de notificação e unidade da federação de notificação.
Notificaram-se 385458 casos de AIDS, sendo 265209 homens (68,8%) e 120249 mulheres (31,2%). Observou-se maior número em 2013, com 43660 casos (11,32%), seguido de 2014 com 42414 (11%), 2015 com 41317 (10,71%), 2016 com 39690 (10,3%), 2017 com 38882 (10,1%), 2018 com 38498 (10%), 2019 com 38282 (9,93%), 2022 com 36745 (9,53%), 2021 com 35412 (9,18%) e 2020 com 30557 casos (7,93%). Quanto às regiões de notificação, destaca-se a região Sudeste, com 89439 casos (23,20%), seguida pela Nordeste com 53917 (14%), Sul com 50744 (13,16%), Norte com 23688 (6,15%) e Centro-Oeste com 17501 (4,54%), além dos 150169 casos (38,95%) classificados como ignorado/exterior. Especificamente no Sudeste, tem-se um predomínio de notificação no estado de São Paulo, com 53072 casos (59,33%), seguido por Rio de Janeiro com 17486 (19,55%), Minas Gerais com 14880 (16,64%) e Espírito Santo com 4003 (4,48%).
A maioria dos pacientes com AIDS foram do sexo masculino, provavelmente por existir uma baixa procura de atendimento médico por parte dessa população, com predomínio no estado de São Paulo. Constatou-se que o ano de 2020 apresentou uma queda significativa de casos notificados, o que pode ser relacionado à pandemia de COVID-19 enfrentada em tal período, já que o isolamento social estabelecido dificultou a transmissão da doença via sexual. |
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ISSN: | 1413-8670 |
DOI: | 10.1016/j.bjid.2024.103963 |