EVOLUÇÃO ATÍPICA DE ESPOROTRICOSE OSTEOARTICULAR

A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo da espécie Sporothrix, a doença acomete animais e humanos a partir de lesões dermatológicas, resultando em lesão pápulo-nodular e posteriormente ulcero gomosa na fase tardia. As principais formas clínicas da doença são: Cutânea, caracteriz...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2022-01, Vol.26, p.102184
Hauptverfasser: Rodrigues, Kawã Maicky Aguiar, Baroni, Étore Scapin, Pinheiro, Beatriz Inocêncio, de Lima, Mariana Schimming, Filho, Eduardo Luiz de Freitas, Teixeira, Fabiana Almeida Alves, Maia, José Miguel de Souza, Barbosa, Paulo Sergio Capusso, Gaggini, Marcio Cesar Reino, Favaleça, Mauricio Fernando, Tavares, Vinicius de Oliveira, Suetugo, Isabela Moreira
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo da espécie Sporothrix, a doença acomete animais e humanos a partir de lesões dermatológicas, resultando em lesão pápulo-nodular e posteriormente ulcero gomosa na fase tardia. As principais formas clínicas da doença são: Cutânea, caracterizada por múltiplas lesões preferencialmente em braços e mãos; a linfocutânea, forma mais frequente, caracterizada por pequenos nódulos, localizados no trajeto do sistema linfático satélite; a extracutânea que acomete principalmente ossos, articulações, mucosas, pulmões e olhos, sem comprometer a pele; e a disseminada, a qual além da pele acomete vários órgãos e/ou sistemas. Paciente de 61 anos de idade, sexo feminino, do lar, há trinta dias iniciou quadro de nodulações, que evoluíram para ulcerações, localizadas inicialmente em segundo dedo da mão direita, disseminando em trajeto de linfático, na primeira consulta foi realizada biópsia da lesão e iniciada terapia com itraconazol e ciprofloxacina, sendo solicitado retorno em uma semana. Relatou cuidar de animais de rua, convivendo com um cachorro e seis gatos, sendo que um dos gatos apresentava lesões dermatológicas, porém sem diagnóstico. Negou mordedura e arranhadura por gatos. No retorno apresentou piora clínica importante, com aumento das lesões, principalmente em segundo dedo da mão, com dificuldade de movimento, sendo levantado hipótese de comprometimento ósseo, solicitado radiografia e corrigida a dose do itraconazol. No próximo retorno, sem melhora clínica, foi associada terbinafina e acompanhamento em 72 horas. Devido à não melhora, foi internada para iniciar terapia com anfotericina desoxicolato, clindamicina e ciprofloxacino. Após quatorze dias de internação, devido à grande melhora clínica, recebeu alta para continuidade da terapia a nível domiciliar. O presente relato reforça a importância do diagnóstico de esporotricose, principalmente pela situação atual presente no Brasil. O acompanhamento clínico é fundamental para definir a terapia adequada, principalmente em algumas situações como a descrita, necessitando de acompanhamento contínuo e terapias com maior espectro, evitando sequelas definitivas e deformidades.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.102184