CITARABINA 3G/M2 NA INTENSIFICAÇÃO DE ADULTOS COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

A citarabina exerce um papel central no tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA). Após a remissão completa (RC), realiza-se a terapia pós-indução e a citarabina 3 g/m2, duas vezes ao dia por 3 dias - 6 doses (HIDAC), um esquema possível. Este tratamento mais intenso foi testado em um estudo rando...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2021-10, Vol.43, p.S151-S152
Hauptverfasser: Lopes, LM, Nucci, MLM, Portugal, RD
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A citarabina exerce um papel central no tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA). Após a remissão completa (RC), realiza-se a terapia pós-indução e a citarabina 3 g/m2, duas vezes ao dia por 3 dias - 6 doses (HIDAC), um esquema possível. Este tratamento mais intenso foi testado em um estudo randomizado e se mostrou superior a doses baixas de citarabina.1 Entretanto, tanto a necessidade e quanto a segurança dos protocolos do tipo HIDAC têm sido questionadas.2 No Brasil, estima-se que cerca de 70% dos hematologistas utilizem HIDAC para consolidação.3 Avaliar os pacientes adultos, com menos de 60 anos, que receberam HIDAC para tratamento após a remissão completa da leucemia mieloide aguda. Avaliamos retrospectivamente os pacientes com diagnóstico de LMA, que se encontravam em primeira RC após indução e foram submetido a pelo menos um ciclo de citarabina 3 g/m2 a cada 12 horas por 3 dias (6 doses). As avariáveis de interesse analisadas foram o número total de ciclos HIDAC. As curvas de sobrevida foram estimadas com o método de Kaplan Meier e comparadas com o teste Log-rank. Valores de p < .05 foram considerados como significância estatística. A análise estatística foi realizada com o SPSS for Windows. Foram avaliados 29 pacientes tratados para LMA no período entre abril de 2008 e setembro de 2020, sendo 12 do sexo feminino (41%) e 17 no sexo masculino (59%). A idade variou de 18 a 62 anos (mediana de 36 anos). O cariótipo foi realizado em 25 casos (86%), sendo que nos cariótipos com metáfase (n = 21) o predomínio de cariótipo normal (11 casos), 4 casos de t(8;21) e um caso da cada das seguintes alterações: trissomia do 22 (com t(16;16) identificada por PCR), trissomia do 8, t(6;9), t(5;6), t(8;16), e um cariótipo complexo. A mutação do FLT3 foi identificada em 2 casos e a mutação do NPM1 identificada em 4 casos. O número de ciclos de HIDAC: um ciclo em 5 casos (17%), dois ciclos em 10 casos (34,5%), 3 ciclos em 10 casos (34,5%) e todos os 4 ciclos em apenas 4 casos (14%). A mediana do número de ciclo foi de 2. A sobrevida global mediana foi de 60 meses, com 16 meses no grupo que recebeu 1 ou 2 ciclos de HIDAC e não atingida no grupo que recebeu 3 ou 4 ciclos de HIDAC (p = 0,095). Neste estudo observamos que apenas 14% dos pacientes com LMA em RC1 chegam a realizar todos os 4 ciclos de HIDAC e que a mediana de ciclos foi de 2 ciclos. Este valor é inferior ao do estudo original do CALGB em que mais de 50% dos pacientes realizaram os 4 ciclos.1 Sabemos que o n
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2021.10.258