O que chamamos veado, com qualquer outro nome: preocupações sociais com sexualidade não-normativa e auto-imagem em Porto Alegre, Brasil

Esta apresentação examina preocupações com a auto-imagem em conversas cotidianas sobre homossexualidade – de "piadas de veado" a declarações sobre direitos de gays e lésbicas – entre moradores de vila na cidade de Porto Alegre. Aplicando insights sociolingüísticos à análise de quatro estud...

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Veröffentlicht in:Revista de antropologia (São Paulo) 2008, Vol.51 (2), p.607-650
1. Verfasser: Junge, Benjamin
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:Esta apresentação examina preocupações com a auto-imagem em conversas cotidianas sobre homossexualidade – de "piadas de veado" a declarações sobre direitos de gays e lésbicas – entre moradores de vila na cidade de Porto Alegre. Aplicando insights sociolingüísticos à análise de quatro estudos de caso etnográficos elaborados entre 2002 e 2003, considero o modo como interlocutores, referindo-se a formas não-normativas de desejo, identidade e práticas sexuais, recorrem a uma variedade de discursos de gênero e sexualidade – inclusive de machismo, ciência e medicina, e de direitos sexuais – e como o uso destes discursos fica sujeito a preocupações generificadas com auto-imagem. Neste contexto, examino também dinâmicas interpessoais e proficiências discursivas que encorajam a percepção de que um interlocutor possa ser homofóbico ou anti-gay, bem como os passos retóricos seguidos por um interlocutor para minimizar esta possibilidade. This paper examines concerns over self-image during conversations about same-gender sexuality — ranging from "fag jokes" to assertions of the rights of lesbians and gays — among low-income Brazilians in the southern city of Porto Alegre. Applying sociolinguistic insights to the analysis of four ethnographic case studies collected in 2002-03, I consider how speakers referencing non-normative forms of sexual desire, identity and practice draw from a range of available discourses of gender and sexuality — including those of machismo t science and medicine, and of sexual rights — and how negotiation between these discourses becomes subject to gendered concerns about self-image. Within this purview, I also examine inter-personal dynamics and discursive proficiencies which encourage the perception that a speaker might be homophobic or anti-gay, and the rhetorical steps taken to minimize this likelihood. Implications for understandings of language, same-gender sexuality, and homophobia are addressed.
ISSN:0034-7701
1678-9857
DOI:10.1590/S0034-77012008000200008