Hematoma subdural intracraniano pós-anestesia subaracnóidea: relato de dois casos e revisão de 33 casos da literatura

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Hematoma subdural intracraniano é uma complicação rara pós-anestesia subaracnóidea. Relatamos dois casos de mulheres que desenvolveram hematoma subdural crônico pós-anestesia subaracnóidea, diagnosticados após a evolução clínica prolongada de cefaleia pós-punção dural (CPP...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de anestesiologia 2010-12, Vol.60 (6), p.624-629
Hauptverfasser: Amorim, Jane Auxiliadora, Remígio, Diana Souza Canuto dos Anjos, Damázio Filho, Otávio, Barros, Marcos Aureliano Guerra de, Carvalho, Valentina Nicole, Valença, Marcelo Moraes
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Hematoma subdural intracraniano é uma complicação rara pós-anestesia subaracnóidea. Relatamos dois casos de mulheres que desenvolveram hematoma subdural crônico pós-anestesia subaracnóidea, diagnosticados após a evolução clínica prolongada de cefaleia pós-punção dural (CPPD) e analisamos outros 33 casos encontrados em revisão da literatura. RELATO DOS CASOS: Nos 35 pacientes (idade entre 20-88 anos, 19 homens), 14 tinham mais de 60 anos (40%) sendo 12 (86%) homens. A relação se inverte no grupo de pacientes mais jovens (< 60 anos), no qual há duas vezes mais mulheres (14:7). Dois picos de maior incidência foram observados: 30-39 anos (31%) e 60-69 anos (29%). O período de tempo decorrido entre o início dos sintomas até o diagnóstico variou entre 4 horas e 29 semanas. Cefaleia foi referida por 26/35 (74,3%) casos; alteração do nível de consciência em 14/35 (40,0%); vômitos em 11/35 (31,4%); hemiplegia ou hemiparesia em 8/35 (22,9%); diplopia ou paresia do VI nervo craniano em 5/35 (14,3%); e distúrbio da linguagem em 4/35 (11,4%). Os fatores contribuintes foram: gravidez, múltiplas punções, uso de anticoagulantes, anormalidades vasculares intracranianas e atrofia cerebral. Em 15 casos, não foi citado qualquer fator contribuinte. Quatro em 35 pacientes (11,4%) ficaram com sequelas neurológicas e 4/35 (11,4%) morreram. CONCLUSÕES: A presença de qualquer um desses sinais ou sintomas mencionados serve de alerta para a possibilidade de ocorrer hematoma subdural intracraniano como complicação da punção dural, principalmente naqueles pacientes que apresentaram CPPD por mais de uma semana, quando uma investigação por neuroimagem se faz necessária.
ISSN:0034-7094
1806-907X
DOI:10.1590/S0034-70942010000600008