As fake news e os sete pecados do capital: uma análise metafórica de vícios no contexto pandêmico da COVID-19

As crises sanitárias fazem surgir “pecados” e deformidades morais da sociedade que, embora evidentes quando despontam, pareciam antes dormentes à percepção coletiva. Por meio da metáfora dos sete pecados capitais, o texto analisa o fenômeno das fake news nas mídias sociais e no cenário da pandemia d...

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Veröffentlicht in:Cadernos de saúde pública 2022, Vol.38 (5)
Hauptverfasser: Vasconcellos-Silva, Paulo R., Castiel, Luis David
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:As crises sanitárias fazem surgir “pecados” e deformidades morais da sociedade que, embora evidentes quando despontam, pareciam antes dormentes à percepção coletiva. Por meio da metáfora dos sete pecados capitais, o texto analisa o fenômeno das fake news nas mídias sociais e no cenário da pandemia da COVID-19. A luxúria do sensacionalismo, que é viciosa pela sedução e exploração de vulnerabilidades ligadas ao medo da morte; a gula, por conteúdos de confirmação que disseminam inverdades no empenho de converter versões em fatos; a catequese do negacionismo gerando o ódio em ambientes epistêmicos restritivos; a ganância das novas tecnologias da economia da atenção pelo engajamento como nova commodity; a competição pelos holofotes da visibilidade midiática e ganhos derivados que incitam a soberba e a inveja dos pesquisadores que confundem o senso público com as fake researches - o que, em ciclo, nutrirão o sensacionalismo, gula, ódios e as ganâncias do capitalismo da atenção. Por fim, a preguiça é retratada como o vício capital dos que optam pela inação comunicativa. No conforto das bolhas renunciam ao diálogo por aversão ao dissenso, acomodando-se em posições de conforto epistêmico. Em síntese, o fenômeno das fake news na pandemia da COVID-19 é aqui retratado como a confluência de diversos vícios que se materializam como desinformação, na vacuidade comunicativa dos momentos nos quais somos obrigados a nos dirigir uns aos outros para partilhar nossas visões do mundo. Las crisis sanitarias sacan a la luz “pecados” y deformidades morales de la sociedad que, aunque son evidentes cuando emergen, antes parecían latentes a la percepción colectiva. A través de la metáfora de los siete pecados capitales, el texto analiza el fenómeno de las fake news en las redes sociales y en el escenario de la pandemia del COVID-19. La lujuria del sensacionalismo que se ensaña con la seducción y la explotación de las vulnerabilidades ligadas al miedo a la muerte; la gula por los contenidos de confirmación que difunden las falsedades en el afán de convertir las versiones en hechos; el catecismo del negacionismo que genera el odio en entornos epistémicos restrictivos; la avaricia de las nuevas tecnologías de la economía de la atención por el compromiso como nueva commodity; la competencia por los focos de la visibilidad mediática y las ganancias derivadas que incitan a la soberbia, y la envidia de los investigadores que confunden el sentido público con falsas investigaciones -que, en c
ISSN:0102-311X
1678-4464
1678-4464
DOI:10.1590/0102-311xpt195421