“Carnivorismo é uma civilização”: vegetarianismo brasileiro e discursos sobre os animais, 1902-1940

Resumo O artigo analisa discursos produzidos sobre os animais pelo movimento vegetariano brasileiro do início do século XX. Contextualiza a criação do movimento no país, situando argumentos científicos e morais que embasaram a defesa do vegetarianismo. Analisa os discursos que cotejavam humanos e an...

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Veröffentlicht in:História, ciências, saúde--Manguinhos ciências, saúde--Manguinhos, 2021-12, Vol.28 (suppl 1), p.37-57
1. Verfasser: Ostos, Natascha Stefania Carvalho De
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:Resumo O artigo analisa discursos produzidos sobre os animais pelo movimento vegetariano brasileiro do início do século XX. Contextualiza a criação do movimento no país, situando argumentos científicos e morais que embasaram a defesa do vegetarianismo. Analisa os discursos que cotejavam humanos e animais em seus aspectos biológicos e comportamentais, e que consideravam a carne um elemento “contaminador” da natureza humana. Argumenta que a a defesa da vida animal feita pelos vegetarianos naquela época não significava, necessariamente, a abolição de hierarquias e assimetrias entre a humanidade e os demais seres vivos. Abstract This article analyzes discourse on animals from the Brazilian vegetarian movement during the early twentieth century. It provides context for the creation of this movement in the country, positioning scientific and moral arguments that were used to defend vegetarianism. Discourse that compared the biological and behavioral aspects of human and nonhuman animals and considered meat as an element that “contaminated” human nature was analyzed. We argue that the defense of animal life mounted by vegetarians at that time did not necessarily mean abolishing hierarchies and asymmetries between humans and other living beings.
ISSN:0104-5970
1678-4758
1678-4758
DOI:10.1590/s0104-59702021000500002