USO DE VENETOCLAX ASSOCIADO A AZACITIDINA EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA SECUNDÁRIA A SÍNDROME MIELODISPLÁSICA
As síndromes mielodisplásicas (SMD) podem ser caracterizadas como um grupo de distúrbios clonais das células tronco hematopoiéticas que decorrem da insuficiência progressiva da medula óssea (MO) e acarretam alterações displásicas em uma ou mais linhagens de células. Em cerca de 30% dos pacientes por...
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Veröffentlicht in: | Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2021-10, Vol.43, p.S184-S185 |
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Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | As síndromes mielodisplásicas (SMD) podem ser caracterizadas como um grupo de distúrbios clonais das células tronco hematopoiéticas que decorrem da insuficiência progressiva da medula óssea (MO) e acarretam alterações displásicas em uma ou mais linhagens de células. Em cerca de 30% dos pacientes portadores dessas síndromes em questão pode ocorrer progressão para leucemia mieloide aguda (LMA). A LMA é a forma mais comum de leucemia aguda em adultos e tem maior incidência na faixa etária dos 65 anos, com tendência a aumentar com a idade. É uma neoplasia maligna de células hematopoiéticas progenitoras da linhagem mielóide, que cursa com o achado de alguns marcadores mieloides como CD13, CD15, CD33, CD117 ou MPO. Devido à proliferação de células imaturas, ocorre uma produção insuficiente de células sanguíneas maduras na MO e no sangue periférico, podendo cursar com uma clínica de anemia, neutropenia e trombocitopenia. O diagnóstico é feito a partir da presença de ≥20% de blastos na medula óssea, além da realização de imunofenotipagem.
Relatar o caso clínico de um paciente diagnosticado com LMA secundária à SMD e, discutir a eficácia do uso de venetoclax associado à azacitidina como opção aos pacientes inelegíveis à quimioterapia intensiva.
Trata-se de um estudo descritivo baseado na análise de prontuário do paciente.
Homem de 67 anos deu entrada no serviço de hematologia hospitalar apresentando astenia e adenopatia. Foi internado em abril/2020 para diagnóstico. Ao mielograma após admissão apresentou 30% de blastos, MO hipercelular e displasia de linhagens celulares sanguíneas. A imunofenotipagem confirmou o diagnóstico de LMA pela presença dos marcadores mielóides característicos. Foi iniciado tratamento com citarabina 20 mg/m2 x 7 dias. Foram realizados 4 ciclos com resposta parcial e o paciente manteve necessidade transfusional importante, principalmente de hemácias, mas também de plaquetas. Em setembro/20 foi trocado o esquema com citarabina por azacitidina 75 mg/m2/dia por 7 dias, ainda mantendo resposta parcial e necessidade transfusional. Em novembro/20 foi associado venetoclax à azacitidina com Ramp Up de 100 a 400 mg e mantido então com 400 mg/dia. Com um mês de tratamento, resolução da necessidade transfusional e em 2 meses remissão completa com 1,7% de blastos em imunofenotipagem. No momento, em manutenção com o esquema em seu 8° ciclo de Azacitidina + Venetoclax e em remissão.
A LMA secundária à SMD caracteriza-se por MO hipercelular, displasia de l |
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ISSN: | 2531-1379 |
DOI: | 10.1016/j.htct.2021.10.313 |