EP-233 - PARACOCCIDIODOMICOSE JUVENIL: UM RELATO DE CASO EM MULHER DE FASE ADULTA
A paracoccidioidomicose (PCM) é micose sistêmica produzida pelo P. braziliensis, comum em áreas rurais do país. A forma crônica, envolvendo vias aéreas e linfonodos, é a mais comum, e acomete adultos. Forma sistêmica, mais grave e infrequente, ocorre em jovens (forma juvenil). Caracteriza-se por feb...
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Veröffentlicht in: | The Brazilian journal of infectious diseases 2024-10, Vol.28, p.104145 |
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Hauptverfasser: | , , , , , , , , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | A paracoccidioidomicose (PCM) é micose sistêmica produzida pelo P. braziliensis, comum em áreas rurais do país. A forma crônica, envolvendo vias aéreas e linfonodos, é a mais comum, e acomete adultos. Forma sistêmica, mais grave e infrequente, ocorre em jovens (forma juvenil). Caracteriza-se por febre, anorexia, linfonodomegalias, hepatoesplenomegalia e lesões cutâneas.
Descrever apresentação atípica, de forma juvenil de PCM em paciente adulta.
Relato de caso e revisão bibliográfica.
Mulher de 43 anos, proveniente do norte de Mato Grosso, foi encaminhada a serviço de cirurgia na capital, com história de dor em hipocôndrio direito, febre, icterícia há 5 meses. Emagrecera 12 Kg. Tinha leucocitose, anemia, hiperbilirrubinemia direta, alteração das enzimas hepatocíticas e canaliculares. Testes para hepatites, HIV e auto-imunidade negativos. RM do abdome mostrou hepatoesplenomegalia com focos hipotensos em parênquima. Vias biliares intra-hepáticas com discretas dilatações e irregularidades parietais, sem fatores obstrutivos. Aventada hipótese de colangite biliar ou esclerosante e iniciados Ácido Ursodesocicólico e Prednisona. Após 2 semanas sem melhoras, foi encaminhada ao nosso Serviço. Apresentava-se em mau estado geral, ictérica e taquicárdica. Notados linfonodos aumentados, firmes, dolorosos em cadeia cervical esquerda, que referiu ter surgido 7 dias antes. Fígado a 3 cm do rebordo costal, Traube ocupado. Foi internada. TC de abdome mostrou linfonodomegalias periportais (até 3,2 cm) e paraórticos. Na evolução, apresentou máculas disseminadas em membros e piora hemodinâmica. Realizada biópsia de linfonodo cervical e de lesão cutânea. Transferida para UTI. Coloração pelo Grott identificou fungos com esporulação, compatível com P. braziliensis. Iniciada Anfotericina B Lipossomal. Em 3 dias evoluiu para ventilação mecânica, plaquetopenia, infarto esplênico, insuficiência renal aguda e óbito. Cultura do material (linfonodo e pele) confirmou P. braziliensis.
A PCM juvenil é uma forma grave da doença, sendo rara sua manifestação em após os 30 anos. Embora icterícia possa ocorrer em casos avançados, apresentação simulando doença hepatobiliar é incomum. Linfonodomegalia cervical, tão típica da doença, surgiu somente meses após início do quadro. Este relato demonstra a importância da suspeita clínica em áreas endêmicas. Alertando para a possibilidade de apresentação como síndrome colestática não obstrutiva. |
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ISSN: | 1413-8670 |
DOI: | 10.1016/j.bjid.2024.104145 |