Perfil epidemiológico da pandemia de COVID-19 e características do agente etiológico: Revisão

Em 2019, na China, houve um surto de uma pneumonia de etiologia desconhecida. Diante disto, o governo chinês realizou uma investigação epidemiológica para identificação do agente causador, que veio a ser denominado SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus, causador da enfermidade COVID-19. Os coronavírus fazem parte de uma grande família viral, que recebe esse nome devido às espículas que dão aspecto de coroa. Pertencem à ordem Nidovirales, família Coronaviridae e subfamília Orthocoronavirinae, sendo vírus RNA e assim com maiores predisposições a sofrerem mutações e possuem altos índices de transmissibilidade, com infecções podendo causar desde resfriados comuns até síndromes graves. Estudos evidenciaram uma semelhança de 96% do SARS-CoV-2 com o BAT-CoV, um coronavírus encontrado em morcegos. A COVID-19 se destacou na saúde pública, devido ao elevado número de casos em um curto período, eventualmente levando a uma pandemia. Na China, nos primeiros 30 dias foram confirmados 11821 casos, com 259 óbitos, e logo após foi constatado que o vírus havia se espalhado não somente na China, mas também em outros países. O tratamento é sintomático, e medidas preventivas preconizam o controle não medicamentoso, como isolamento, distanciamento social, higiene e uso de máscaras. Esta revisão tem como objetivo reunir informações relevantes sobre o agente etiológico e o perfil epidemiológico da enfermidade.