Prescrição de antidepressivos na atenção primária: um estudo descritivo acerca da confiança dos profissionais médicos

Os antidepressivos são a terceira classe medicamentosa mais prescrita, sendo que a maioria das prescrições não é realizada por especialistas. O objetivo do estudo é avaliar a autopercepção de confiança na prescrição de antidepressivos por médicos da atenção primária à saúde (APS). Foi realizado estu...

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Veröffentlicht in:Cadernos de saúde pública 2024-08, Vol.40 (7)
Hauptverfasser: Moreno, Hercules Fernandes, de Almeida, Amanda Cristina Galvão Oliveira
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:Os antidepressivos são a terceira classe medicamentosa mais prescrita, sendo que a maioria das prescrições não é realizada por especialistas. O objetivo do estudo é avaliar a autopercepção de confiança na prescrição de antidepressivos por médicos da atenção primária à saúde (APS). Foi realizado estudo de corte transversal de médicos atuantes na APS da cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Foram excluídos psiquiatras ou residentes de psiquiatria. A autoavaliação da confiança, assim como a coleta de características dos participantes foi realizada por meio de questionário online . Variáveis categóricas foram descritas em termos de frequência absoluta e relativa. Variáveis contínuas foram descritas como média ou mediana, conforme distribuição de normalidade. No contexto total de 447 médicos, a amostra foi composta por 55 participantes. A média de idade foi de 37,2 (±12,8) anos. A maioria dos médicos (75%) reconheceu-se confiante na prescrição de antidepressivos. A autopercepção de confiança manteve-se predominante em cenários de pacientes idosos (69,2%) e portadores de comorbidades gerais (65,4%). A minoria mostrou confiança para prescrever antidepressivos a crianças/adolescentes (19,2%) e gestantes (26,9%). Para 80,4% dos participantes, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina foram a classe farmacológica de maior confiança. O encaminhamento para o Centro de Atenção Psicossocial foi a estratégia mais referida em casos de insegurança na prescrição (32%). Até onde se sabe, esse é o primeiro estudo a abordar tal questão. Por essa razão, ele pode contribuir para a construção de ações de educação em saúde mais assertivas voltadas a médicos da APS.
ISSN:0102-311X
1678-4464
1678-4464
DOI:10.1590/0102-311XPT130323