A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FARMACODINÂMICA NA ESCOLHA DA POSOLOGIA DE VANCOMICINA PARA MAIOR EFETIVIDADE CONTRA STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À OXACILINA (ORSA)

A vancomicina permanece como antimicrobiano de primeira escolha para tratar a maioria das infecções por cepas oxacilina-resistentes-Staphylococcus aureus (ORSA), apesar da sua farmacocinética desfavorável, efetividade e segurança limitada. A última diretriz da Sociedade Americana de Infectologia rec...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2022-01, Vol.26, p.101704
Hauptverfasser: Birssi, Elaine Cristina, Albiero, James, da Siva, Alice Maria Macedo, Shinohara, Danielle Rosani, Helbel, Cesar, de Mattos, Monica de Souza Ferreira, Alflen, Ihorrana Wencz, Pereira, Heloisa Moreira Dias, Zarpellon, Mirian Nicéa, Moreira, Rafael Renato Brondani, Nishiyama, Sheila Alexandra Belini, Andriato, Patricia de Mattos, Fabri, Franciele Viana, Tognim, Maria Cristina Bronharo
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:A vancomicina permanece como antimicrobiano de primeira escolha para tratar a maioria das infecções por cepas oxacilina-resistentes-Staphylococcus aureus (ORSA), apesar da sua farmacocinética desfavorável, efetividade e segurança limitada. A última diretriz da Sociedade Americana de Infectologia recomenda posologias de vancomicina com razão da área sob a curva de 24 horas pela concentração inibitória mínima (ASC24h/CIM) entre 400-600 para maior efetividade e segurança no tratamento. Entretanto, posologias convencionais e sem vancocinemia, podem não alcançar esse alvo terapêutico para todos os pacientes nas CIMs ≤ 2 mg/L (breakpoint sensível). Determinar por análise farmacocinética/farmacodinâmica (PK/PD) o alcance das posologias de vancomicina no tratamento empírico das infecções por ORSA. Foram incluídos, pacientes com infecções por ORSA, com idade ≥ 18 anos, não dialíticos e sem insuficiência renal crônica, internados em um hospital ensino de Maringá entre março/2017 à fevereiro/2021. Os isolados ORSA foram identificados pelo sistema automatizado BD-PhoenixTM. Para as análises de PK/PD, utilizou-se dados farmacocinéticos de pacientes graves publicados, e realizada uma simulação de Monte Carlo com 10.000 pacientes virtuais através do pacote estatístico OFFICE/Excell 2019 e o programa NONMEM v.7.2. As informações dos pacientes foram obtidas em prontuário eletrônico. Resultados: Dos 91 pacientes com cultura positiva e quadro infeccioso para ORSA selecionados, 12 (13%) utilizaram vancomicina na dose média diária de 2,35 (±0,87) g (máx. e mín. de 4,0 e 0,75 g, respectivamente). As infeções mais prevalentes foram pneumonias hospitalares, bacteremias, infecções urinárias, pele e tecidos moles e ósseo. A distribuição das CIM da vancomicina para os isolados foi (≤ 0,5 mg/L: 4 (4,04%); 1,0 mg/L: 86 (89,9%); 2,0 mg/L: 6 (6,06%). A análise de PK/PD demonstrou que o regime posológico médio da vancomicina forneceu ASC24h/CIM ≥400 para 89%, 59% e 22% dos pacientes nas CIM 0,5; 1,0 e 2,0 mg/L, respectivamente. Os resultados evidenciaram que pacientes com infecções por ORSA tratados empiricamente com vancomicina e sem avaliação do alcance PK/PD da posologia, sobretudo contra aqueles isolados de CIM >1 mg/L, estão expostos à elevado risco de falha terapêutica. Um número maior de estudos desse aspecto é necessário para direcionar um tratamento antimicrobiano empírico mais seguro e efetivo e com menor seleção de isolados resistentes.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.101704