EU ACABEI DE ESCREVER O ARTIGO – UM ESTUDO SOBRE AMBIGUIDADE EM CONSTRUÇÕES COM O VERBO ACABAR
RESUMO: Sentenças com o verbo acabar seguido de uma oração infinitiva encabeçada pela preposição de apresentam duas leituras. Uma, que chamarei de culminativa, aponta para o menor subevento final de um evento denotado pelo verbo no infinitivo; a outra, que chamarei de leitura de recência, coloca o t...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Alfa 2020, Vol.64, p.1 |
---|---|
1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | RESUMO: Sentenças com o verbo acabar seguido de uma oração infinitiva encabeçada pela preposição de apresentam duas leituras. Uma, que chamarei de culminativa, aponta para o menor subevento final de um evento denotado pelo verbo no infinitivo; a outra, que chamarei de leitura de recência, coloca o tempo do evento da oração infinitiva relativamente próximo, e anterior, a outro tempo tomado como referência. Neste artigo, proponho que as duas leituras envolvem estruturas e interpretações para o verbo acabar radicalmente distintas. O trabalho, assumindo o arcabouço teórico da Morfologia Distribuída, apresenta evidências de que: (1) na leitura culminativa, temos, tipicamente, controle, enquanto na leitura de recência, alçamento; (2) as orações infinitivas na leitura de recência veiculam informação temporal/aspectual não veiculada pelas infinitivas na leitura culminativa; (3) enquanto na leitura culminativa o verbo acabar introduz um subevento do evento denotado pela oração infinitiva, na leitura de recência o verbo somente veicula um conjunto de relações temporais.
ABSTRACT: Sentences including the verb acabar followed by an infinitive clause headed by the preposition de have two readings: one, which I will call culminative reading, points out to the smallest final sub-event of an event denoted by the verb of the infinitive clause; the other, which I will call recency reading, places the time of the event of the infinitive clause immediately before another time taken as reference. In this paper, I propose that the two readings involve structures and interpretations of the verb acabar radically different. This work, assuming the theoretical framework of Distributed Morphology, shows evidences that: (1) in culminative reading, we typically have control, while in the recency reading, raising; (2) the infinitive sentences in the recency reading convey temporal/aspectual information not conveyed by the infinitives in culminative reading; (3) while in culminative reading the verb acabar introduces a sub-event of the event denoted by the infinitive sentence, in the recency reading the verb only conveys a set of temporal relations. |
---|---|
ISSN: | 0002-5216 1981-5794 1981-5794 |
DOI: | 10.1590/1981-5794-e11868 |