SOFRIMENTO EMOCIONAL PELA PERDA GESTACIONAL DE MULHERES COM TROMBOFILIA

A perda gestacional pode ser entendida como a morte do feto antes da completa expulsão ou extração do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, sendo considerado um problema de saúde publica. A causa tratável mais prevalente no aborto recorrente é a Sindrome Antifosfolipidica (SAF) e a...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2024-10, Vol.46, p.S1204-S1204
Hauptverfasser: Moraes, YB, Sola, PPB, Santos, MAD, Cardoso, EAO
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A perda gestacional pode ser entendida como a morte do feto antes da completa expulsão ou extração do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, sendo considerado um problema de saúde publica. A causa tratável mais prevalente no aborto recorrente é a Sindrome Antifosfolipidica (SAF) e apesar de ser um fenômeno de alta incidência e ainda assim é negligenciado com lacunas nas legislações, políticas públicas e investigações científicas. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos: (1) Conhecer os sentimentos e significados advindos da(s) perda(s) gestacionais; (2) compreender como o luto da perda está sendo ou foi vivenciado; (3) identificar se houve fontes de apoio durante a perda e, se houve, quais foram; e (4) conhecer expectativas futuras. Trata-se de um estudo clínico-qualitativo, transversal, descritivo-exploratório. O marco teórico utilizado para a discussão dos resultados foi o do luto não autorizado. A amostra foi composta por dez mulheres com o diagnóstico de trombofilia e histórico de perdas gestacionais. A média de idade foi de 40,3 anos (dp = 9,7), metade com segundo grau completo, quatro com ocupações remuneradas fora do lar, uma com uma perda gestacional, quatro com duas perdas, quatro com três perdas e uma com quatro perdas, com o tempo de gestação do filho perdido variando entre dois e nove meses (natimorto). Metade da amostra tinha filhos vivos. Os instrumentos foram: Formulário de Dados Sociodemográficos, Critério de Classificação Econômica - Critério Brasil (CCEB) e um roteiro de entrevista semiestruturado. A coleta de dados foi realizada individualmente, online ou presencialmente, a depender da disponibilidade das participantes. As entrevistas foram áudio gravadas, mediante anuência das participantes, transcritas na íntegra e literalmente, respeitando a sequência e a forma como foram apresentadas as falas. Os dados foram submetidos à análise reflexiva temática sendo criadas três categorias temáticas: a) Dor das perdas: as participantes relataram sentimentos de culpa, solidão e incompreensão quando perderam seus filhos, configurando um momento de dor intensa em que se sentiram no escuro e sem esperanças; b) Ambivalência pós-diagnóstico: o recebimento do diagnóstico provoca sentimentos mistos de medo e de esperanças frente a possibilidade de um tratamento, além de alívio ao receber explicações e criar compreensões sobre as perdas; c) Fontes de apoio: as mulheres puderam contar com pessoas que iluminam seus caminhos,
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.2107