PACIENTES INTERNADOS COM TUBERCULOSE ATIVA E COINFECÇÃO POR COVID-19: UM CASO-CONTROLE PAREADO DO REGISTRO BRASILEIRO DE COVID-19

O número de casos de COVID-19 reduziu, entretanto, o vírus continua causando infecções. Dessa forma, em países onde a tuberculose é endêmica, pode ocorrer uma coinfecção com a COVID-19, que, de acordo com a literatura, pode aumentar as taxas de morbimortalidade, mas não há dados sobre a população Br...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2023-10, Vol.27, p.102934
Hauptverfasser: Aguiar, Gabriella Genta, Moreira, Jessica Fernandes Benavides, de Carvalho, Rafael Lima Rodrigues, Pereira, Daniella Nunes, Marcolino, Milena Soriano, Carneiro, Marcelo, Rios, Danyelle Romana Alves, Costa, Felicio Roberto, Anschau, Fernando, Chatkin, Jose Miguel, Ruschel, Karen Brasil, Gontijo, Italo Damião de Sousa, de Carvalho, Fernando Nonato
Format: Artikel
Sprache:eng
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Beschreibung
Zusammenfassung:O número de casos de COVID-19 reduziu, entretanto, o vírus continua causando infecções. Dessa forma, em países onde a tuberculose é endêmica, pode ocorrer uma coinfecção com a COVID-19, que, de acordo com a literatura, pode aumentar as taxas de morbimortalidade, mas não há dados sobre a população Brasileira em pacientes internados em unidades hospitalares. Conhecer as características clínicas e a frequência dos desfechos de pacientes coinfectados com COVID-19 e tuberculose pode ajudar na identificação precoce e no manejo de pacientes internados com essas afecções. Comparar as manifestações clínicas e os desfechos da COVID-19 entre pacientes com infecção ativa por tuberculose. Trata-se de um caso-controle, pareado, baseado em dados do Registro Brasileiro de COVID-19, com pacientes com 18 anos ou mais de idade internados por COVID-19 confirmada laboratorialmente no período de 1° de março de 2020 a 31 de março de 2022. Os casos foram selecionados pelo levantamento de pacientes coinfectados com COVID-19 e tuberculose ativa e os controles eram pacientes com COVID-19 sem tuberculose ativa. Os grupos foram pareados na proporção de 1:4 por idade, sexo, número de comorbidades, diagnóstico prévio de infecção por HIV e hospital de admissão. Os desfechos primários foram necessidade de ventilação mecânica, necessidade de diálise e mortalidade intra hospitalar. Dos 13.636 pacientes diagnosticados com COVID-19, 36 também apresentavam tuberculose ativa (0,0026%). Fibrose pulmonar (5,6% vs 0,0%, p = 0,044), abuso de drogas ilícitas (30,6% vs 3,0%, p < 0,001), alcoolismo (33,3% vs 11,9%, p = 0,002) e tabagismo (50,0% vs 9,7%, p < 0,001) foram mais comuns entre os pacientes com tuberculose quando comparados aos controles. Sobre os sinais e sintomas, encontrou-se uma maior frequência de náuseas e vômitos (25,0% vs 10,4%, p = 0,031) entre os casos. Não houve diferenças significativas na mortalidade intra-hospitalar (8,6% vs 13,5%, p = 0,572), necessidade de diálise (0,0% vs 3,8%, p = 0,585%) e de ventilação mecânica (5,7% vs 19,5%, p = 0,051). Pacientes com tuberculose apresentaram maior frequência de fibrose pulmonar, abuso de drogas ilícitas, alcoolismo, tabagismo atual, náuseas e vômitos. Os desfechos primários foram semelhantes entre os grupos. Isso pode ser explicado pelo pequeno número de pacientes com tuberculose ativa e pela intervenção médica precoce feita em pacientes com tuberculose ativa.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2023.102934