TERAPIA GÊNICA NO TRATAMENTO DA ANEMIA DE FANCONI

A anemia de Fanconi (FA) é uma doença genética relacionada a mutação de um gene dentre 23 responsáveis pela via de reparo do DNA. A falência prematura da medula óssea é a principal complicação da FA, cujos tratamentos são os transplantes de medula óssea (HSCT) e de hemocomponentes, e podem causar al...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2024-10, Vol.46, p.S90-S90
Hauptverfasser: Silva, LBG, Ferreira, LD, Porto, CDS, Martins, MLM
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A anemia de Fanconi (FA) é uma doença genética relacionada a mutação de um gene dentre 23 responsáveis pela via de reparo do DNA. A falência prematura da medula óssea é a principal complicação da FA, cujos tratamentos são os transplantes de medula óssea (HSCT) e de hemocomponentes, e podem causar aloimunização e doença do enxerto contra o hospedeiro (GvHD) aguda ou crônica, além de falha de enxertia. A terapia gênica (GT) é um tratamento experimental para a FA, que consegue contemplar os pacientes que não são elegíveis aos transplantes. Nesse sentido, essa revisão propõe descrever os avanços científicos da GT na FA, apresentando as principais limitações e efeitos colaterais da técnica. A revisão de literatura foi feita na base de dados PubMed, com a inclusão de revisões de literatura ou sistemática, publicadas nos últimos 5 anos em língua inglesa, e com acesso gratuito ao texto na íntegra. A fim de limitar as pesquisas à temática escolhida, foi aplicada a seguinte fórmula na barra de busca avançada disponível na plataforma: “Fanconi Anemia” AND (“Gene therapy” OR “Genetic treatment”). Dos 12 artigos selecionados, excluíram-se 6 por fuga da temática, 2 a partir da leitura dos resumos e 4 pela leitura dos artigos na íntegra. A terapia gênica pode ser subdividida em três tipos para FA, de acordo com a ordem que foram desenvolvidos: adição gênica via retrovírus, edição gênica via CRISPR-Cas9 e complementação gênica via mRNA. Atualmente essa técnica terapêutica ainda está em fase de estudo e disponível apenas para o genótipo FA-A, o mais comum. Encontra seu principal obstáculo na obtenção e na infusão de um número adequado de células tronco hematopoiéticas e progenitoras (HSPC), já que não são passíveis de replicação ex vivo, e a indução de células tronco pluripotentes (iPSC) enfrenta problemas éticos. A adição gênica introduz o gene funcionante ex vivo em células defeituosas, com reintegração genômica por lentivírus, que apesar de não apresentar efeitos colaterais significativos, pode cursar com refratariedade a reintegração viral e mutagênese insertiva, embora estudos em fase clínica revelarem 81-100% de eficácia, sem anormalidades genéticas em infusões bem sucedidas. A edição gênica é a área de maior desenvolvimento de estudos clínicos na atualidade, com técnicas como a de união de extremidade não-homóloga usando Cas9 nickase mostrando-se efetiva na correção de mutações em HSPC, mesmo com um número pequeno de células corrigidas, fato este devido ao mosaicism
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.150