Avaliação da contaminação, sobrevivência e remoção do coronavírus em sistemas de tratamento de esgoto sanitário

O mundo vem sofrendo uma das mais fortes pandemias da história, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Até agora, há relatos de aproximadamente 3,0 milhões de infectados no mundo. Embora não haja relato conclusivo sobre a transmissão feco-oral do Coronavírus entre pessoas, acredita-se que esse tipo de trans...

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Veröffentlicht in:Revista tecnologia 2020-06, Vol.41 (1)
Hauptverfasser: Rollemberg, Silvio, Barros, Amanda Nascimento de, Lima, João Pedro Machado de
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:O mundo vem sofrendo uma das mais fortes pandemias da história, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Até agora, há relatos de aproximadamente 3,0 milhões de infectados no mundo. Embora não haja relato conclusivo sobre a transmissão feco-oral do Coronavírus entre pessoas, acredita-se que esse tipo de transmissão seja possível, uma vez que o SARS-Cov-2 já foi detectado em efluentes domésticos e em fezes de pacientes. Esse trabalho realizou uma revisão de literatura avaliando a sobrevivência dos vírus da família Coronaviridae através do esgoto, seja pela presença no efluente (corrente líquida), seja pela presença no lodo de estação de tratamento, que poderão causar contaminações pelo manejo inadequado dos resíduos produzidos no sistema de tratamento. Foi observado que o vírus é sensível à temperatura e às condições do meio, como incidência da radiação solar, concentração de amônia, etc. Observou-se na revisão que o patógeno pode ficar ativo por até 2 semanas nas correntes liquidas de esgoto. Com relação às tecnologias de tratamento, embora a desinfecção seja a etapa primordial para inativação do patógeno, algumas tecnologias em nível secundário, notadamente MBR e Lagoas de Estabilização, podem auxiliar na remoção de patógenos virais. Por fim, o trabalho mostrou que a maior presença de fármacos a base de cloroquina, os quais tem sido utilizado no combate à doença, pode ser tóxico a sistemas anaeróbios, principal rota de tratamento de esgoto sanitário do Brasil. Diante do novo cenário no país, é necessário que as ETEs passem por readequações tendo em vista a maior concentração do patógeno SARS-Cov-2.
ISSN:0101-8191
2318-0730
DOI:10.5020/23180730.2020.10849