PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DOS PACIENTES INTERNADOS COINFECTADOS COM SÍFILIS E HIV EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA, EM SALVADOR, BAHIA

O HIV e a sífilis são doenças sexualmente transmissíveis, sendo frequente quadros de coinfecção. A sífilis aumenta o risco de transmissão do HIV por causar úlceras genitais e o HIV piora o desfecho da sífilis. Assim, é de suma importância reconhecer a interação entre ambas as doenças. Descrever o pe...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2023-10, Vol.27, p.103042
Hauptverfasser: dos Anjos, Valeska Siqueira Nunes, de Jesus, Leonardo Sousa, Cersosimo, Talita Alves Bacelar, de Araujo, Carlos Patrício, Calhau, Igor Vinicius Barreto, Andrade, Joao Pedro Bastos, Conceição, Luan Felipe Machado, Paste, Aurea
Format: Artikel
Sprache:eng
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Beschreibung
Zusammenfassung:O HIV e a sífilis são doenças sexualmente transmissíveis, sendo frequente quadros de coinfecção. A sífilis aumenta o risco de transmissão do HIV por causar úlceras genitais e o HIV piora o desfecho da sífilis. Assim, é de suma importância reconhecer a interação entre ambas as doenças. Descrever o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes coinfectados com sífilis e HIV internados em um hospital especializado em doenças infectocontagiosas, no município de Salvador, Bahia, de 2022 a 2023. Trata-se de um estudo transversal descritivo, informações obtidas no prontuário médico eletrônico, entre 2022 e 2023, com amostra de conveniência. Foram analisados 131 perfis de indivíduos com HIV/AIDS, sendo que 33 possuíam VDRL sérico positivo (25.19%). A maioria dos pacientes que apresentavam coinfecção eram do sexo masculino (75.76%), de orientação heterossexual (48.48%), solteiro (84.85%), sem filhos (63.64%), de cor autodeclarada parda (63.64%), com ensino fundamental incompleto (45.45%), renda inferior a um salário mínimo (30.30%) e sem religião (39.39%). 24.24% faziam uso somente de álcool e tabaco e 24.24% eram alcoolistas, tabagistas e usuários de substâncias psicoativas. A idade média dos pacientes foi 37.5 anos (24-66). No geral, não possuíam internações prévias (54.55%), outras comorbidades (75.76%) e receberam alta melhorado (81.82%). A média da contagem de células CD4 foi 148.3 (4-615), sendo que 9.09% tinham CV indetectável, 57.58% possuía diagnóstico de HIV há mais de 1 ano e 12.12% iniciaram a TARV durante o internamento. 18.8% tiveram como diagnóstico neurossífilis, observando-se como sintomas frequentes nesses pacientes: febre (50%), déficit motor (66.67%) e perda ponderal (50%). Entre os pacientes com neurossífilis que realizaram estudo do líquido cefalorraquidiano (83.33%), notou-se uma média de 51.6 de celularidade (2-127), 95.2 de proteína (27-157), 61.2 (44-91) de glicose e VDRL positivo em 40% dos casos. 3,03% desenvolveu sífilis ocular. Houve predomínio de homens jovens adultos, pardos, heterossexuais, solteiros, com ensino fundamental incompleto, renda inferior a um salário mínimo, sem internações prévias e outras comorbidades, que faziam uso de álcool, tabaco e substâncias psicoativas. Em relação às apresentações clínicas da sífilis, observou-se uma prevalência significativa de casos de neurossífis com pleocitose e hiperproteinorraquia no líquor.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2023.103042