INCIDÊNCIA DOS VÍRUS RESPIRATÓRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Infecções respiratórias causam grande impacto em custos e morbimortalidade, sendo infecções virais as maiores responsáveis. Durante a pandemia de SARS-CoV-2, ocorreu aumento na disponibilização de exames de biologia molecular, facilitando o acesso ao diagnóstico etiológico. O objetivo do estudo é ap...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2023-10, Vol.27, p.103460
Hauptverfasser: Chebabo, Luisa Frota, Chebabo, Alberto, Pierroti, Ligia Camera, Mariante, Queoma Silveira, Bandeira, Silviane Praciano, Levi, José Eduardo
Format: Artikel
Sprache:eng
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Beschreibung
Zusammenfassung:Infecções respiratórias causam grande impacto em custos e morbimortalidade, sendo infecções virais as maiores responsáveis. Durante a pandemia de SARS-CoV-2, ocorreu aumento na disponibilização de exames de biologia molecular, facilitando o acesso ao diagnóstico etiológico. O objetivo do estudo é apresentar a epidemiologia dos últimos dois anos, durante a pandemia de Covid-19, dos vírus Influenza A (FluA), Influenza B (FluB) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Estudo retrospectivo da base de dados de exames realizados na rede da DASA no período de 01/01/2021 a 31/05/2023, com estratificação por faixa etária, gênero, estado e estação do ano. Incluídos resultados de reação em cadeia da polimerase para FluA, FluB e VSR realizados nos seguintes painéis: Quadriplex, Respiratório FilmArray® 2.1 e Pneumonia FilmArray® em pacientes internados e ambulatoriais, em amostras de trato respiratório superior e/ou inferior. Realizados 215.100 exames em 66.266 pacientes, sendo 15.367 (7,1%) exames com detecção de algum vírus, com 93,6% realizados em São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Paraná. Durante o período, o VSR foi detectado em 50,4% dos exames positivos, seguido de FluA com 44,5%. O VSR foi predominante durante todo o período estudado, com exceção de dezembro/2021 e janeiro/2022 e setembro e outubro/2022, onde o FluA foi predominante, sem considerar o SARS-CoV-2. O VSR foi detectado em 88% das amostras positivas na faixa etária de 0 a 5 anos, 19% entre 6 e 10 anos, 10% entre 11 e 18 anos, 13% entre 19 a 59 anos e 25% nos pacientes com 60 anos ou mais. O VSR foi predominante durante o inverno, outono e primavera, só sendo ultrapassado pelo FluA no verão. No ano de 2023, até maio, o VSR foi o vírus mais detectado. Diante do grande número de exames incluídos nesse estudo, temos visão ampla do cenário epidemiológico brasileiro em relação aos vírus respiratórios estudados. Observa-se que, apesar do grande pico de infecções por FluA entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, o número acumulado de exames positivos para VSR no período do estudo foi o mais elevado, mostrando uma persistência desse vírus em todos os períodos do ano, principalmente nos extremos de faixa etária, até 5 anos e após 60 anos. Ressaltamos a importância desses dados para a programação de ações de saúde pública, como definição de período ideal para início de vacinação contra influenza e para as vacinas recentemente desenvolvidas contra VSR.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2023.103460