O burnout dos profissionais de saúde na pandemia COVID-19: como prevenir e tratar?

A atual pandemia veio exacerbar as fragilidades pré-existentes do Sistema Nacional de Saúde, onde o burnout dos seus profissionais era já uma realidade. O burnout é considerada uma síndroma relacionada com o trabalho, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e baixos níveis de realiza...

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Veröffentlicht in:Revista portuguesa de medicina geral e familiar 2022-04, Vol.38 (2), p.226-230
Hauptverfasser: Mangas, Mariana Duarte, Fernandes, Catarina Pedro, Cardoso, Ana Beatriz
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:A atual pandemia veio exacerbar as fragilidades pré-existentes do Sistema Nacional de Saúde, onde o burnout dos seus profissionais era já uma realidade. O burnout é considerada uma síndroma relacionada com o trabalho, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e baixos níveis de realização pessoal. Existem vários fatores que contribuem para o burnout, mas a sobrecarga laboral excessiva é citada como um dos fatores mais associados ao burnout dos profissionais de saúde. Esta síndroma leva a uma redução no desempenho profissional, com maior probabilidade de erro, maiores taxas de absentismo, menor compromisso com o trabalho, menor satisfação laboral, aumento do uso de álcool e drogas, exaustão física e problemas conjugais e familiares. Vários estudos apontam para percentagens consideráveis de profissionais de saúde que reportaram níveis elevados de sintomas de burnout durante a pandemia. Torna-se, portanto, imperioso abordar estratégias de prevenção e tratamento, que consistem em intervenções dirigidas aos médicos e intervenções organizacionais/ estruturais, com foco no ambiente de trabalho. A implementação de intervenções eficazes para prevenir e gerir o burnout nos profissionais de saúde contribuirá para o desenvolvimento de profissionais mais saudáveis, capazes de melhores resultados clínicos, com menos erros e encargos financeiros, levando a um funcionamento mais eficiente do setor da saúde, ainda que em contexto de crise.
ISSN:2182-5173
2182-5173
2182-5181
DOI:10.32385/rpmgf.v38i2.13274