Satisfação com a Especialidade entre os Internos da Formação Específica em Portugal

Introdução: A satisfação com a profissão médica tem sido apontada como um fator essencial para a qualidade assistencial, o bemestar dos doentes e a estabilidade dos sistemas de saúde. Estudos recentes têm vindo a enfatizar um crescente descontentamento dos médicos, principalmente como consequência d...

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Veröffentlicht in:Acta médica portuguesa 2015-04, Vol.28 (2), p.209-221
Hauptverfasser: Martins, Maria João, Laíns, Inês, Brochado, Bruno, Oliveira-Santos, Manuel, Pinto Teixeira, Pedro, Brandão, Mariana, Cerqueira, Rui João, Castro-Ferreira, Ricardo, Bernardes, Carlos, Nobre Menezes, Miguel, Soares Baptista, Bernardo, Ladeiras-Lopes, Ricardo, Cruz Rei, Mariana, Pires da Rosa, Gilberto, Martins, José Luís, Mendonça Sanches, Maria, Ferreira-Pinto, Manuel J., Rato, Margarida, Costa e Silva, Miguel, Policiano, Catarina, Beato, João, Barbosa-Breda, João, Pimentel Torres, João, Leal, Inês, Aguiar Rosa, Sílvia, Carvalho Ribeiro, Bárbara, Rego Costa, Francisco, Palmela, Carolina, Cúrdia Gonçalves, Tiago, Morais, Luis, Marques, Tiago Reis
Format: Artikel
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Zusammenfassung:Introdução: A satisfação com a profissão médica tem sido apontada como um fator essencial para a qualidade assistencial, o bemestar dos doentes e a estabilidade dos sistemas de saúde. Estudos recentes têm vindo a enfatizar um crescente descontentamento dos médicos, principalmente como consequência das alterações das relações laborais.Objetivos: Avaliar a perceção dos médicos de formação específica em Portugal, sobre as expectativas e grau de satisfação com a profissão, especialidade e local de formação; razões da insatisfação e intenção de emigrar.Material e Métodos: Estudo transversal. A colheita de dados foi efetuada entre Maio e Agosto de 2014 através de um Inquérito online sobre a “Satisfação com a Especialidade”.Resultados: De uma população total de 5788 médicos, foram obtidas 804 respostas (12,25% do total de médicos internos). Desta amostra, 77% das respostas correspondem a internos dos três primeiros anos de formação. Verificou-se que 90% dos médicos se encontram satisfeitos com a especialidade, tendo-se encontrado também níveis elevados de satisfação com a profissão (85%) e local de formação (86%). Por outro lado, constatou-se que estes diminuíam com a progressão ao longo dos anos de internato. A avaliação global sobre o panorama da prática médica foi negativa e 65% dos médicos responderam que consideram emigrar após conclusão do internato.Conclusão: Os médicos internos em Portugal apresentam níveis positivos de satisfação com a sua profissão. No entanto, a sua opinião sobre o panorama da Medicina e os resultados relativos à intenção de emigrar alertam para a necessidade de tomada de medidas para inverter este cenário.
ISSN:0870-399X
1646-0758
DOI:10.20344/amp.5899