Para assistir aos vilões Disney: abjeção e heteronormatividade em “A Pequena Sereia”

Compreendendo a cultura midiática como um dos principais espaços contemporâneos de (re)produção de sentidos acerca dos mais variados âmbitos da vida social, a partir dos quais são estruturados procedimentos de controle e exclusão de corpos, ideias e comportamentos, o presente trabalho objetiva desve...

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Veröffentlicht in:Semina. revista cultural e científica da Universidade Estadual de Londrina. Ciências sociais e humanas 2017-06, Vol.37 (2), p.163-180
Hauptverfasser: Santos, Caynnã De Camargo, Piassi, Luís Paulo de Carvalho
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:Compreendendo a cultura midiática como um dos principais espaços contemporâneos de (re)produção de sentidos acerca dos mais variados âmbitos da vida social, a partir dos quais são estruturados procedimentos de controle e exclusão de corpos, ideias e comportamentos, o presente trabalho objetiva desvelar e analisar criticamente a sutil estratégia discursiva empregada em filmes de animação dos Estúdios Disney, estratégia essa que cumpre em reiterar a “normalidade” das formas de identificação por gênero hegemônicas a partir da abjeção de identidades desviantes. Para tanto, empreendemos uma análise sociocultural da vilã Úrsula, de A Pequena Sereia (1989), valendo-nos de aspectos metodológicos próprios à semiótica e à Análise Crítica do Discurso. Mediante uma leitura informada pelos Estudos Culturais e pela Teoria Queer, observamos que o padrão de representação mobilizado na animação veicula uma implícita avaliação negativa das formas de ser e agir que frustram o binarismo heteronormativo, associando-as inequivocamente com crueldade e ganância.
ISSN:1676-5443
1679-0383
DOI:10.5433/1679-0383.2016v37n2p163