DIAGNÓSTICO DA COVID-19 E SEU IMPACTO SOBRE O RISCO TROMBÓTICO EM UMA COORTE DE PACIENTES SIMULTANEAMENTE HOSPITALIZADOS POR SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE

Evidências prévias sugerem que o risco trombótico é maior na COVID-19 do que em outros tipos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Contudo, tal comparação se baseou principalmente em coortes históricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de eventos tromboembólicos em pacientes c...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2021-10, Vol.43, p.S477-S478
Hauptverfasser: Coy-Canguçu, A, Locachevic, GA, Mariolano, JCS, Soares, KHO, Oliveira, JD, Vaz, CO, Damiani, GV, Mazetto, B, Annichino-Bizzacchi, J, Paula, EV, Orsi, FA
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Evidências prévias sugerem que o risco trombótico é maior na COVID-19 do que em outros tipos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Contudo, tal comparação se baseou principalmente em coortes históricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de eventos tromboembólicos em pacientes com COVID-19 e outras SRAG internados em um mesmo período de tempo. Foram selecionados pacientes internados entre março e junho de 2020 no Hospital de Clínicas - UNICAMP que atendiam aos critérios clínicos de SRAG segundo o Ministério da Saúde e a Definição de Berlim, e que apresentavam ao menos 2 resultados de RT-PCR ou ELISA confirmando ou excluindo o diagnóstico de COVID-19. Dos 253 indivíduos internados por SRAG nesse período, foram incluídos 101 pacientes COVID-19 e 102 pacientes não-COVID-19. Os demais foram excluídos por prontuário médico incompleto (n = 16) ou falta de exame laboratorial para COVID-19 (n = 34). Análise descritiva, testes de qui-quadrado, testes-t e regressão logística binária foram usados para comparar os pacientes COVID-19 e não COVID-19. Pertenciam ao sexo masculino 62% e 48% dos pacientes COVID-19 e não-COVID-19, respectivamente (P = 0.07). A mediana de idade, em anos, foi 55.77 (IQR 42.31 a 66.68) no grupo COVID-19 e 59.04 (IQR 45.13 a 69.73, P = 0.39) no grupo não-COVID-19. Ambos os grupos apresentaram um escore de Pádua (COVID-19: 3 IQR 2 a 4; não-COVID-19: 3 IQR 2 a 5, P = 0.47) e uma saturação de oxigênio (COVID-19: 92% IQR 90% a 96%; não-COVID-19: 94% IQR 91% a 97%, P = 0.44) semelhantes à admissão. Contudo, a necessidade de suporte de oxigenação invasiva (37.6% vs. 14.7%, P = 0.0002), de drogas vasoativas (44.6% vs. 21.6%, P=0.0006) e de internação em UTI (55.4% vs. 40.2%, P = 0.04) foi maior entre aqueles infectados por SARS-CoV-2. Em conformidade, esses mesmos pacientes permaneceram internados por mais tempo (15 dias IQR 6 a 30.5 vs. 7 dias IQR 3 a 16.3, P < 0.0001) e vieram a óbito com mais frequência (27.7% vs. 14.7%, P = 0.03). Em relação a marcadores de coagulação, não houve diferença estatisticamente relevante entre os grupos quanto a tempo de protrombina, fibrinogênio e D-dímero (COVID-19: 1488 ng/mL IQR 726.5 a 3476; não COVID-19: 1773 ng/mL IQR 807.5 a 4153.8, P = 0.57). Apesar do uso de tromboprofilaxia ter sido mais comum entre pacientes COVID-19 (76.2% vs. 41.2%, P < 0.0001), a incidência de eventos tromboembólicos confirmados por exame de imagem se mostrou similar entre os grupos, mesmo após ajuste para múltiplos f
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2021.10.823