Iniciação científica no Porangabuçu: impressões pessoais
Após vestibular pioneiro com redação e teste somatório de múltiplas escolhas, fui admitido na Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) em janeiro de 1979. Desde a reforma universitária de 1968, a graduação na UFC previa elenco de disciplinas básicas, ofertadas no campus do Pici (Biologia, Cál...
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Veröffentlicht in: | Revista de medicina da Universidade Federal do Ceará 2017-12, Vol.57 (3), p.9-11 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Após vestibular pioneiro com redação e teste somatório de múltiplas escolhas, fui admitido na Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) em janeiro de 1979. Desde a reforma universitária de 1968, a graduação na UFC previa elenco de disciplinas básicas, ofertadas no campus do Pici (Biologia, Cálculo, Física, Química Geral, Química Orgânica, Sociologia, Bioquímica e Psicologia), seguido das próprias ao curso médico no Porangabuçu. Em julho de 1979, a atividade acadêmica da UFC e até a provinciana cena cultural de Fortaleza foi animada pela 31ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) sob o tema Cante de lá que eu Canto cá com a participação de eminentes pesquisadores, artistas e políticos recém retornados do exílio com a anistia. Assisti encantado vivos debates sobre os principais dilemas do país. Nos trajetos de ônibus até o Pici, ouvia-se falar sobre ciência, cultura e ecologia, tema inédito até então. Vislumbrei ali a verdadeira mentalidade universitária. Sob as mangueiras do Pici, repentistas e o genial Patativa de Assaré se apresentavam. Num clube de subúrbio de Fortaleza, a SBPC promoveu um baile animado por banda de forró, ritmo até então renegado por nós, filhos da burguesia e doravante preferido nas festas. |
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ISSN: | 0100-1302 2447-6595 |
DOI: | 10.20513/2447-6595.2017v57n3p9-11 |