“Eu respeito seu amém, você respeita meu axé?”: um estudo etnográfico sobre terreiros de candomblé como organizações de resistência à luz de um olhar decolonial
Resumo Este artigo tem como objetivo compreender como os terreiros de candomblé se organizam como resistência perante o racismo religioso. Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa etnográfica em um centro de candomblé da nação Ketu Axé Oxumaré, localizado em Belo Horizonte (MG). Os dados das entrevist...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Cadernos EBAPE.BR 2023, Vol.21 (4) |
---|---|
Hauptverfasser: | , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | Resumo Este artigo tem como objetivo compreender como os terreiros de candomblé se organizam como resistência perante o racismo religioso. Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa etnográfica em um centro de candomblé da nação Ketu Axé Oxumaré, localizado em Belo Horizonte (MG). Os dados das entrevistas foram submetidos à análise de narrativas. Os resultados sugerem que o candomblé é percebido pelos integrantes da casa de santo como uma estratégia, uma organização de sobrevivência não só física, mas também de estilos de vida subalternos. Trata-se da resistência da cultura afro-brasileira, uma resistência anticolonial que promove, por meio da religião, a pertença política de afirmação da negritude; de uma organização decolonial de sobrevivência, de manutenção e, sobretudo, de perpetuação de tradições e modos de vida nos terreiros negligenciados, aviltados, negados e subalternizados pela colonialidade.
Abstract This article aims to understand how candomblé terreiros organize themselves as resistance to religious racism. Therefore, we developed an ethnographic research in a Candomblé Center of the Ketu Axé Oxumaré nation, located in Belo Horizonte (MG). Data from the interviews were submitted to narrative analysis. The results suggest that candomblé is perceived by the members of the casa de santo as a strategy, an organization for not only physical survival but also for subaltern lifestyles. It is about the resistance of Afro-Brazilian culture, an anti-colonial resistance that promotes, through religion, the political belonging of affirmation of blackness. It is a decolonial organization of survival, maintenance, and, above all, the perpetuation of traditions and ways of life in neglected, debased, denied, and subalternized terreiros by coloniality.
Resumen Este artículo tiene como objetivo comprender cómo los terreros de candomblé se organizan como resistencia al racismo religioso. Para ello, desarrollamos una investigación etnográfica en un centro de candomblé de la nación Ketu Axé Oxumaré, ubicado en Belo Horizonte (MG). Los datos de las entrevistas se sometieron al análisis narrativo. Los resultados sugieren que el candomblé es percibido por los miembros de la casa de santo como una estrategia, una organización no solo para la supervivencia física, sino también para los estilos de vida subalternos. Se trata de la resistencia de la cultura afrobrasileña, una resistencia anticolonial que promueve, a través de la religión, la pertenencia política de afirmació |
---|---|
ISSN: | 1679-3951 1679-3951 |
DOI: | 10.1590/1679-395120220149 |