Provincializando a Sociedade de Risco e o Antropoceno: Uma Análise a Partir da "Geopolítica da Nuclearidade"
O objetivo deste trabalho é questionar o caráter genérico de algumas concepções em torno da “sociedade de risco”. Para isso, apresentamos dados de uma pesquisa baseada em entrevistas semiestruturadas sobre a mineração de urânio em Caetité (BA). Argumentamos que o universalismo presente nas teorizaçõ...
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Veröffentlicht in: | Revista mediações 2024-08, Vol.29 (2), p.1-18 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | O objetivo deste trabalho é questionar o caráter genérico de algumas concepções em torno da “sociedade de risco”. Para isso, apresentamos dados de uma pesquisa baseada em entrevistas semiestruturadas sobre a mineração de urânio em Caetité (BA). Argumentamos que o universalismo presente nas teorizações sobre riscos ambientais é decorrente de um viés eurocentrado que desconsidera situações de injustiças ambientais e a especificidade de contextos periféricos. Fundamentamos nosso posicionamento a partir do que denominamos “geopolítica da nuclearidade”, processo através do qual são obliterados os riscos de atividades nucleares e, consequentemente, ignoradas as vulnerabilidades de populações marginalizadas. Concluímos, então, que são necessárias perspectivas sensíveis à desigual distribuição de riscos entre centros e periferias, de forma a provincializar as teorizações sobre riscos ambientais.
The objective of this work is to question the generic nature of some conceptions surrounding the “risk society.” To this end, we present data from a study based on semi-structured interviews about uranium mining in Caetité (BA). We argue that the universalism present in theories about environmental risks stems from a Eurocentric bias that disregards situations of environmental injustice and the specificity of peripheral contexts. We base our position on what we call the “geopolitics of nuclearity,” a process through which the risks of nuclear activities are obliterated and, consequently, the vulnerabilities of marginalized populations are ignored. We conclude, therefore, that perspectives sensitive to the unequal distribution of risks between centers and peripheries are necessary in order to provincialize theories about environmental risks.
El objetivo de este trabajo es cuestionar el carácter genérico de algunas concepciones en torno a la “sociedad del riesgo”. Para ello, presentamos datos de una encuesta basada en entrevistas semiestructuradas sobre la minería de uranio en Caetité (BA). Sostenemos que el universalismo presente en las teorías sobre los riesgos ambientales se debe a un sesgo eurocéntrico que ignora las situaciones de injusticia ambiental y la especificidad de los contextos periféricos. Basamos nuestra posición en lo que llamamos “geopolítica de la nuclearidad”, un proceso mediante el cual se eliminan los riesgos de las actividades nucleares y, en consecuencia, se ignoran las vulnerabilidades de las poblaciones marginadas. Concluimos, entonces, que son nece |
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ISSN: | 2176-6665 2176-6665 |
DOI: | 10.5433/2176-6665.2024v29n2e50038 |