Censura e liberdade de expressão em duas cenas de Acarnenses, de Aristófanes
O artigo propõe a análise, em espectro comparativo, de duas cenas da comédia aristofânica Acarnenses, a saber, a entrada de Anfíteo e o discurso dos embaixadores. Por meio da contraposição desses dois momentos da peça, sustento a ideia de que o instrumento de decisão democrática, a assembleia, const...
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Veröffentlicht in: | Archai (Brasília, Distrito Federal, Brazil) Distrito Federal, Brazil), 2024-12 (34), p.e03428 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; ger ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | O artigo propõe a análise, em espectro comparativo, de duas cenas da comédia aristofânica Acarnenses, a saber, a entrada de Anfíteo e o discurso dos embaixadores. Por meio da contraposição desses dois momentos da peça, sustento a ideia de que o instrumento de decisão democrática, a assembleia, constitui-se como terreno profícuo para a censura de pautas que privilegiem a aplicação de políticas dirigidas para o bem comum, ao mesmo tempo em que consagra a liberdade da fala dos que apresentam agendas personalistas às custas da miséria do demos. Assim, funcionando como cortina de fumaça para o enriquecimento de líderes políticos, o discurso que apoia o prosseguimento da Guerra do Peloponeso é o único para o qual há liberdade de expressão, enquanto seu contrário, o discurso pacifista, deve ser censurado, até mesmo com o uso da violência. |
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ISSN: | 2179-4960 1984-249X 1984-249X |
DOI: | 10.14195/1984-249X_34_28 |