ABORDAGENS TERAPÊUTICAS NO LINFOMA DE HODGKIN PARA IDOSOS: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA EQUILÍBRIO ENTRE EFICÁCIA E SEGURANÇA

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que no Brasil para cada ano do triênio de 2023 a 2025 surjam 3.080 novos casos de Linfoma de Hodgkin (LH). Esse tipo de câncer apresenta maior incidência na faixa etária entre 20 a 34 anos. No decorrer dos anos, houve melhora no prognóstico do...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2024-10, Vol.46, p.S206-S207
Hauptverfasser: Pereira, VC, Monaco, CA, Barreto, JM, Morikawa, LL, Souza, MLA, Ribeiro, NA, Lima, RDS, Almeida, RC, Jorge, SZ, Arruda, EEC
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que no Brasil para cada ano do triênio de 2023 a 2025 surjam 3.080 novos casos de Linfoma de Hodgkin (LH). Esse tipo de câncer apresenta maior incidência na faixa etária entre 20 a 34 anos. No decorrer dos anos, houve melhora no prognóstico dos pacientes com LH, contudo, quando se analisa indivíduos com mais de 60 anos, o cenário ainda permanece desafiador. Investigar e analisar como as estratégias terapêuticas podem ser personalizadas para maximizar os benefícios clínicos e minimizar os efeitos adversos em pacientes idosos diagnosticados com linfoma de Hodgkin. Foram realizadas buscas nas bases de dados: PubMed, Biblioteca virtual em saúde-Bireme (BVS) e Ash Publication, utilizando descritores como: “Hodgkin's lymphoma in an older patient”; “Hodgkin's lymphoma treatment in older patient”; “Hodgkin's lymphoma innovation in older patient”. Como critério de elegibilidade foram aceitos textos publicados na língua inglesa e não houve critério de exclusão por data de publicação. Segundo os dados, pacientes em estágio inicial são tratados com ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina) seguido de radioterapia limitada. Estágio avançado recebe quimioterapia prolongada com ou sem radioterapia. Brentuximab vedotin (BV) mostrou eficácia em pacientes com alto volume tumoral, com 82,3% no braço BV-AVD (adriamicina, vinblastina, dacarbazina) sendo PET negativos, comparado a 75,4% no braço ABVD. Sobrevida livre de progressão (SLP) aos 2 anos foi de 90,9% com BV-AVD versus 70,7% com ABVD. Pembrolizumabe com AVD alcançou uma SLP de 97% aos 2 anos em LH recém-diagnosticados. ABVD mostrou-se mais tóxico em pacientes idosos. BV combinado com AVD mostrou melhores resultados de SLP e sobrevida global (OS) em pacientes com LH clássico avançado. Dados de 2019, publicados por Barrett et. al. (2023), mostram que apenas 65% dos indivíduos com mais de 60 anos apresentam uma sobrevida de 2 anos, em contrapartida, outras faixas etárias apresentam uma taxa de mais de 90%. De acordo com as diretrizes da National Comprehensive Cancer Network (NCCN), o tratamento padrão para LH é a quimioterapia ABVD, porém a toxicidade pulmonar da bleomicina é uma preocupação significativa em pacientes com mais idade. A combinação de BV de com quimioterapia representa uma alternativa eficaz e potencialmente mais segura para o tratamento de LH em pacientes idosos. Há pesquisas, como a realizada por Connors et al. (2018), que indicam
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.346