SÍNDROME DE ERDHEIM-CHESTER: UM RELATO DE UM CASO DE INCIDÊNCIA DESCONHECIDA

A doença de Erdheim-Chester (DEC) tem aproximadamente 1.500 casos conhecidos desde 1930. É caracterizada por infiltração de histiócitos espumosos CD68+ e CD1a- nos tecidos. Mutações ativadoras da via MAPK estão presentes em mais de 80% dos casos; da via BRAF-v600e em 57% a 70% dos casos; seguido por...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2021-10, Vol.43, p.S121-S122
Hauptverfasser: Navarrina-Trindade, M, Céspedes-Gurki, F, Silva-Santos, M, Júlio-Balestrin, V, Xausa-Bosak, V, Fianco-Valenti, F, Beust-Amador, G, Brum-Lamaison, D, Laks, D
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A doença de Erdheim-Chester (DEC) tem aproximadamente 1.500 casos conhecidos desde 1930. É caracterizada por infiltração de histiócitos espumosos CD68+ e CD1a- nos tecidos. Mutações ativadoras da via MAPK estão presentes em mais de 80% dos casos; da via BRAF-v600e em 57% a 70% dos casos; seguido por MAP2K1 em 20% dos casos. BRAF é um dos três membros da família RAF de serina/treonina quinases (ARAF, BRAF e CRAF), cujos produtos proteicos são efetores da via MAPK. Mutações em BRAF facilitam a instabilidade genômica, aumentando o poder de diferenciação celular e, consequentemente, infiltração, o que intensifica o processo de diferenciação celular e de supressão de apoptose das células mutadas. Vários proto-oncogenes fazem parte dessa via, que pode ser estimulada por praticamente todos os fatores de crescimento clássicos e está hiperativa em 30% de todos os tumores humanos. A DEC, na maioria dos casos, tem curso de alto grau, sendo fatal principalmente quando há acometimento multissistêmico. A prevalência da doença é em >55 anos, sexo masculino com proporção de 3:1. A DEC tem tropismo por ossos longos, retroperitônio, sistema cardiovascular, sistema nervoso central e olhos, assim os sintomas manifestados são os mais diversos. Nas manifestações ósseas, presentes em até 95% dos pacientes, sinal inflamatório é o mais comum, o que culmina em dor em MMII, o tratamento é sintomático. Alterações cardiovasculares, presente em 40% dos casos, à RNM é comum o envolvimento aórtico por tecido amorfo, sendo geralmente assintomático. Quando ocorre infiltração nas artérias coronárias, em cerca de 23% dos casos, é similar à estenose coronária. O Dx é realizado por meio de anatomopatológico e dos marcadores imuno-histoquímicos à biópsia, observando-se células-gigantes de Touton e marcadores CD68+, CD163+, FXIIIa+ e CD1a-. O tratamento é feito com transplante de células tronco hematopoiéticas autólogo, protocolos com IFN- e com vemurafenib. A busca foi retrospectiva em prontuário eletrônico do paciente. A exemplo, paciente masculino, 52 anos, atendido em ambulatório de neurologia. Paciente previamente hígido, iniciou com episódios de cefaléia frontoparietotemporal progressiva há 6 meses e com sintomas associados de náuseas, vômito, vertigem, diplopia e ataxia. Nega sintomas B, porém relata perda ponderal de 30 kg neste período. À evolução, afasia de Broca. Sem demais alterações. Ao exame clínico neurológico, pupilas midriáticas e isofotorreativas, nistagmo horizontal, sem défic
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2021.10.207