200 anos uma mulher, 1000 anos um homem

Há 200 anos, no Museum anatomicum da Philipps University em Marburg, Alemanha, uma múmia é inventariada como indivíduo feminino desde sua chegada à coleção. Essa atribuição de gênero foi dada devido às suas características corporais externas, especificamente seus longos cabelos. Como uma investigação recente revelou, essa atribuição, estendida às ofertas funerárias, está errada. Neste artigo queremos mostrar que essa atribuição de gênero é uma construção social e cultural da época em que ele chegou a Marburg e a presente análise é desconstruir os pressupostos anteriores, investigando as evidências biológicas e arqueológicas.