Perfi l Sorológico dos Doadores de Sangue em um Hemocentro do Interior do Ceará, Brasil

A segurança na transfusão sanguínea é importante para que os receptores estejam isentos de riscos ou que possam ser reduzidos, sendo necessária uma avaliação sorológica e imuno-hematológica. O objetivo do presente trabalho foi analisar o perfil sorológico dos doadores de sangue em um hemocentro do interior do Ceará. Tratou-se de um estudo retrospectivo, transversal e documental, de caráter quantitativo. A pesquisa foi realizada em um hemocentro, no interior do Ceará. Foram incluídos os registros de doadores de sangue com alterações sorológicas de todas as faixas etárias, de ambos os sexos, que doaram sangue no ano de 2017. Ocorreram 19.043 doações, apresentando sorologia negativa de 98,59%, sorologia positiva de 1,09% e sorologia indeterminada de 0,32%. Dentre os resultados sorológicos positivos os estudantes prevaleceram na ocupação correspondendo a 14,90%, enquanto a hepatite B e sífilis corresponderam a 33,33% cada, seguidas por doença de Chagas (12,04%), hepatite C (9,72%), HIV (5,56%) e HTLV (5,56%). A faixa etária com maior frequência em positividade na sorologia foi entre 19 e 41 anos representando 74,51%. Já para a sorologia indeterminada, eram necessários repetir os testes para doença de Chagas, hepatite B e C, HIV, HTLV e sífilis. No entanto, 34 doadores não retornaram, e dentre os que retornaram, 15 permaneceram indeterminados, 10 negativo e 2 positivos, hepatite B e HTLV. Portanto, foi possível determinar a ocorrência de sorologias positivas de doações de sangue, sendo necessária, mesmo com os valores baixos, a promoção de campanhas de saúde a fim de reduzir a incidência e assim salvando vidas.