DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE FARMACODERMIA E LEUCEMIA-LINFOMA DE CÉLULAS T (LLCT): RELATO DE CASO

As farmacodermias são reações adversas a medicamentos com manifestações cutâneas indesejadas, como rash cutâneo pruriginoso, eritrodermia e lesões descamativas, geralmente na face, podendo ser acompanhadas por febre, artralgia e hepatoesplenomegalia. Contudo, neoplasias hematológicas como a Leucemia...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2024-10, Vol.46, p.S313-S314
Hauptverfasser: Takaes, RAT, Barros, MF, Chaves, MAF, Suldofski, MT, Menin, DB, Roman, IP, Miranda, LT, Capelin, MC, Martini, RA, Araújo, VS
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:As farmacodermias são reações adversas a medicamentos com manifestações cutâneas indesejadas, como rash cutâneo pruriginoso, eritrodermia e lesões descamativas, geralmente na face, podendo ser acompanhadas por febre, artralgia e hepatoesplenomegalia. Contudo, neoplasias hematológicas como a Leucemia-Linfoma de Células T (LLCT) podem apresentar sintomas iniciais semelhantes, tornando essencial uma avaliação hematológica detalhada para o diagnóstico diferencial. O objetivo deste relato foi descrever um caso clínico de um paciente atendido em um hospital público do oeste do Paraná, onde houve a necessidade de diferenciar farmacodermia de LLCT. Paciente KLR, masculino, 31 anos, etilista crônico (1 litro de destilado por dia), foi encaminhado ao pronto-socorro do HUOP com queixas de rash cutâneo pruriginoso generalizado e lesões descamativas, principalmente na face. Durante a consulta, foi encontrado febril (38,8°C) e em uso de Carbamazepina, Clorpromazina e Diazepam há um mês. Recentemente diagnosticado com dengue, o paciente começou a apresentar as lesões cutâneas quatro dias antes da consulta, com piora progressiva, levantando inicialmente a suspeita de farmacodermia associada ao uso de Carbamazepina. Os exames laboratoriais iniciais mostraram eritrograma com 4,25 milhões/mm3 de eritrócitos e hemoglobina de 13,8 g/dL e índices hematimétricos normais, leucograma com leucocitose discreta (11.700/mm3) e linfocitose (4.446/mm3). A fosfatase alcalina estava elevada em 354 U/L e a PCR era de 23,1 mg/dL, com IGM negativo para dengue. Após uma semana internado, o paciente apresentou piora progressiva e foi internado em leito de UTI, com sinais de sepse com foco nas lesões cutâneas. O hemograma revelou leucocitose aumentada para 35.700 leucócitos/mm3 e linfocitose para 13.209 linfócitos/mm3, com relatos de 10% de linfócitos reativos e células com condensação cromossômica. Na semana seguinte, o paciente apresentou, além da persistência da leucocitose, quadro sugestivo de anemia hemolítica autoimune por anticorpos frios, com eritrócitos reduzidos (2,08 milhões/mm3), hemoglobina de 9,2 g/dL e hematócrito de 20,3%, apresentando aglutinação eritrocitária a frio, resolvida com incubação em banho-maria 37°C por 30 min. Além disso, foram observadas figuras de mitose e “Flower-cells” na análise microscópica do leucograma, características sugestivas de LLCT, uma neoplasia rara associada ao vírus HTLV-1, que acomete principalmente adultos com idade média de 43 anos. O serviço d
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.525