Climate change and future scenarios for palisade grass production in the state of São Paulo, Brazil

The objective of this work was to analyze future scenarios for palisade grass yield subjected to climate change for the state of São Paulo, Brazil. An empirical crop model was used to estimate yields, according to growing degree-days adjusted by one drought attenuation factor. Climate data from 1963 to 2009 of 23 meteorological stations were used for current climate conditions. Downscaled outputs of two general circulation models were used to project future climate for the 2013-2040 and 2043-2070 periods, considering two contrasting scenarios of temperature and atmospheric CO2 concentration increase (high and low). Annual dry matter yield should be from 14 to 42% higher than the current one, depending on the evaluated scenario. Yield variation between seasons (seasonality) and years is expected to increase. The increase of dry matter accumulation will be higher in the rainy season than in the dry season, and this result is more evident for soils with low-water storage capacity. The results varied significantly between regions (60%). Despite their higher climate potential, warmer regions will probably have a lower increase in future forage production. O objetivo deste trabalho foi analisar cenários futuros da produção de forragem de capim-marandu, submetido às mudanças climáticas, no Estado de São Paulo. Utilizou-se um modelo de cultivo empírico para estimar a produção, de acordo com os graus-dia de desenvolvimento ajustados pelo fator de penalização hídrica. Dados climáticos de 23 estações meteorológicas, observados de 1963 a 2009, foram utilizados para caracterizar as condições climáticas atuais. Projeções regionalizadas de dois modelos de circulação global foram utilizadas para projetar o clima futuro, para os períodos de 2013-2040 e 2043-2070, considerando-se dois níveis contrastantes de aumento de temperatura e concentração atmosférica de CO2 (alto e baixo). A produção anual de matéria seca poderá ser de 14 a 42% superior ao acúmulo atual, a depender do cenário avaliado. A variação do acúmulo deverá aumentar entre estações (sazonalidade) e entre anos. O aumento da taxa de acúmulo de forragem será maior na estação chuvosa do que na seca, e este resultado é mais evidente para solos com baixa capacidade de armazenamento de água. Os resultados variaram significativamente entre as regiões (60%). Apesar de seu maior potencial climático, as regiões mais quentes provavelmente terão menor incremento na futura produção de forragem.