Reflexões para uma Prática em Saúde Antirracista

Resumo: Introdução: A história da população negra no Brasil inicia-se pelo processo de escravização dos povos da África. Desde o início dessa agressão até os dias atuais, pretos e pardos são vítimas das desigualdades sociais e econômicas, mesmo com a abolição da escravatura. Vemos que o Estado não o...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de educação médica 2020, Vol.44 (suppl 1)
Hauptverfasser: Borret, Rita Helena, Araujo, Dagles Henrique Sartori de, Belford, Pollyanna Silva, Oliveira, Denize Ornelas Pereira Salvador de, Vieira, Renata Carneiro, Teixeira, Débora Silva
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:Resumo: Introdução: A história da população negra no Brasil inicia-se pelo processo de escravização dos povos da África. Desde o início dessa agressão até os dias atuais, pretos e pardos são vítimas das desigualdades sociais e econômicas, mesmo com a abolição da escravatura. Vemos que o Estado não ofereceu apoio para essa população ser integrada na sociedade, e, por isso, boa parte vive à margem atualmente. Objetivo: Apontar as problemáticas que envolvem a população negra, analisar o contexto da pandemia de Sars-Cov-2 no processo de vulnerabilidade desse grupo, destacar a situação do ensino de pretos e pardos na educação médica e refletir sobre o cuidado em saúde de pessoas negras. Desenvolvimento: Existem algumas teorias sociais que tentam colocar a população negra como um grupo humano distinto dos demais e intelectualmente inferior na sociedade, justificando a marginalização e condição de desumanidade imposta a este. O reconhecimento do racismo no cuidado em saúde fez surgir, em 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) que visa explicitar as iniquidades impostas a esta população e delinear metas para a educação de profissionais e a produção de cuidado, objetivando o combate ao racismo institucional na saúde. Com a pandemia do Sars-Cov-2 em 2020, a vulnerabilidade fica à mostra, assim como a invisibilidade que damos à questão raça/cor na formação médica. Assim, faz-se necessária a discussão transversal da relação raça/cor no ambiente de construção de conhecimento, como destacam as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) voltadas para os cursos de Medicina. O ambiente educacional do curso ainda é ocupado, em sua maioria, por pessoas brancas, tanto educandos quanto educadores. Conclusão: A pandemia da Covid-19 coloca em evidência o racismo estrutural e institucional na saúde, assim como o silenciamento do racismo como determinante do processo saúde e adoecimento na formação dos atuais e futuros profissionais de saúde. Para uma produção de cuidado anti-racista, precisamos entender como a questão raça/cor relaciona-se com a saúde da população. Abstract: Introduction: The history of the black population in Brazil dates back to the slavery of the Africa peoples. From the beginning of this aggression to current days, black and brown people have been victims of social and economic inequalities, despite the abolition of slavery. The State has failed to offer support to integrate this population into society and therefore a large prop
ISSN:0100-5502
1981-5271
1981-5271
DOI:10.1590/1981-5271v44.supl.1-20200405