Hérnias intra-raquidianas dos discos intervertebrais lombares: resultados da excisão em 128 casos
O tratamento cirúrgico das hérnias de discos intervertebrals lombares tem indicações precisas e os resultados dependem de condições que devem ser convenientemente satisfeitas. Nos casos em que só existe sintomatologia dolorosa subjetiva que não regride com o tratamento conservador, a intervenção cir...
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Veröffentlicht in: | Arquivos de neuro-psiquiatria 1959-03, Vol.17 (1), p.23-56 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | O tratamento cirúrgico das hérnias de discos intervertebrals lombares tem indicações precisas e os resultados dependem de condições que devem ser convenientemente satisfeitas. Nos casos em que só existe sintomatologia dolorosa subjetiva que não regride com o tratamento conservador, a intervenção cirúrgica deve ser condicionada à comprovação diagnóstica mediante um dado objetivo, qual seja a radiologia contrastada, que não só informa quanto à existência e situação de prolapso discal, como permite o diagnóstico diferencial com outras afecções. Nos casos em que, além da sintomatologia dolorosa subjetiva, existem sintomas objetivos sensitivos e/ou motores, indicando sofrimento das raízes raquidianas, o tratamento cirúrgico tem indicação absoluta, devendo o ato operatório ser precedido de exame radiológico contrastado. Não deve haver qualquer contemporização no ato cirúrgico quando a sintomatologia plurirradicular e de caráter agudo fizer suspeitar da ocorrência de retropulsão maciça de discos intervertebrals. Quanto à tática cirúrgica, deve ser feita laminectomia parcial unilateral quando o prolapso discai ocupar situação póstero-lateral, na altura dos espaços Lv4-Lv5 e LV5-Sv1 quando o prolapso estiver situado em níveis mais altos ou quando estiver em situação mediana ou, mesmo, quando se tratar de herniações bilaterais de um mesmo disco intervertebral, deve ser feita a laminectomia total, para evitar trações exageradas sôbre as raízes raquidianas, trações que podem ocasionar seqüelas sensitivo-motoras irreversíveis. O cirurgião deve considerar que seu alvo principal é suprimir as causas de compressão de raízes raquidianas; para isso, deve excisar o disco intervertebral herniado e, eventualmente, fazer a exérese de bordas escleróticas das vértebras; a excisão do disco lesado deve ser tão completa quanto possível, mediante curetagem, para evitar recidivas. Quando a herniação discai estiver situada no buraco de conjugação, deve ser feita a facetectomia, sendo a intervenção completada com artródese para imobilização. Para a exposição de hérnia discai, a bainha durai da raiz raquidiana deve sempre ser deslocada para a linha mediana, qualquer que seja a situação do prolapso, pois, dêsse modo, são diminuídas as possibilidades de lesões traumáticas da raiz que está sendo manipulada. Fragmentos livres de disco intervertebral no espaço epidural devem ser extirpados; o cirurgião deve ter presente a possibilidade da existência de tais fragmentos em níveis situados imedi |
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ISSN: | 0004-282X 1678-4227 0004-282X |
DOI: | 10.1590/S0004-282X1959000100002 |