Dermatite atópica em crianças e adolescentes durante a pandemia COVID-19: piora clínica associada ao medo de infecção

Introdução: A dermatite atópica é uma doença crônica e recidivante, influenciada por fatores ambientais, que necessita prescrições médicas frequentes. O objetivo deste estudo foi investigar se crianças e adolescentes com dermatite atópica atendidos em um serviço público tiveram agravamento das lesõe...

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Veröffentlicht in:Clinical and Biomedical Research 2022-05, Vol.42 (1)
Hauptverfasser: Oliveira, Caroline dos Santos Mendes de, Pinheiro, Tanara Vogel, Castoldi, Luciana, Cattani, Cristiane Almeida
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:Introdução: A dermatite atópica é uma doença crônica e recidivante, influenciada por fatores ambientais, que necessita prescrições médicas frequentes. O objetivo deste estudo foi investigar se crianças e adolescentes com dermatite atópica atendidos em um serviço público tiveram agravamento das lesões ou dificuldades no autocuidado durante a pandemia COVID-19. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo. Os dados foram coletados do prontuário de pacientes com dermatite atópica menores de 18 anos atendidos em um ambulatório público de referência do Rio Grande do Sul. A percepção sobre o agravamento das lesões foi avaliada pelos testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher e regressão de Poisson foi utilizada para estimar o risco de agravamento das lesões conforme o medo da COVID-19. Resultados: Foram avaliados 33 pacientes, sendo 70% do sexo feminino e 57,6% residentes na capital. A média de idade foi de 9,6 ± 3,9 anos e o tempo médio de acompanhamento pelo serviço 4,6 ± 2,9 anos. A percepção de agravamento das lesões durante o período de suspensão dos atendimentos esteve presente em 81,8% das crianças/adolescentes. As crianças relataram com frequência o aumento de coceira (78,3%) e descamação (60,9%), enquanto os adolescentes referiram maior aumento da vermelhidão (60%). O medo de contrair o vírus foi associado a um risco oito vezes maior de apresentar agravamento das lesões. Conclusões: O alto percentual de crianças/adolescentes com agravamento das lesões e a associação da piora da doença com o medo relacionado à pandemia reforçam a importância do acompanhamento destes por equipe multidisciplinar que observe fatores fisiopatológicos e psicossociais.
ISSN:2357-9730
2357-9730
DOI:10.22491/2357-9730.114379