Caulim como marcador externo de excreção fecal de bovinos em pastejo

O uso de marcadores minimiza a interferência com os padrões de comportamento animal. Porém, encontrar compostos que fazem estimativas com maior precisão é fundamental para a nutrição. No Exp. 1, buscou-se substituir o dióxido de titânio pelo caulim, como marcadores fecais, e utilizou-se o óxido crômico como marcador do consumo de suplemento. Foram realizados três ensaios sequenciais, em cada ensaio utilizou-se quatro garrotes Nelore inteiros, que receberam individualmente 20 g de TiO2 e 80 g de caulim/animal via oral, e 2,0 kg de suplemento contendo 1% de óxido crômico. A fim de verificar a diferença das avaliações nutricionais entre horários distintos de coleta de fezes, foram coletadas fezes em dois horários (08h00min e 16h00min). Não foram verificadas diferenças significativas (P=0,7976) na determinação da excreção fecal quando determinados pelos marcadores externos TiO2 e caulim. Quando foram comparadas as coletas de fezes em diferentes horários, não foi verificado efeito significativo. O caulim foi capaz de estimar a excreção fecal de bovinos de corte a pasto, e o manejo de coleta de fezes realizada uma vez ao dia é suficiente para estimar as avaliações nutricionais. No Exp. 2, avaliou-se a possibilidade de substituir o dióxido de titânio pelo caulim, fornecidos via suplemento, como marcadores de excreção fecal em bovinos de corte a pasto (4 garrotes/estudo). Observou-se que o caulim apresentou maiores valores de excreção fecal (P ≤ 0,0002) ao estimado pelo TiO2 (5,25 e 2,70 kg/dia, respectivamente). O fornecimento via suplemento do marcador externo caulim superestimou excreção fecal em bovinos.