“As máquinas desejantes do povo” - Apontamentos sobre a religiosidade popular a partir de Luís da Câmara Cascudo, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Giovanni Felipe Catenaci

This paper aims to understand some aspects of Brazilian popular religiosity, as thought by Luís da Câmara Cascudo, in the light of the notes made by Gilles Deleuze and Félix Guattari, about the unconscious. From a radically critical approach to psychoanalysis, the French philosophers brought important contributions to the area of subjectivity studies. Using these theoretical references, and more specifically the concepts of synthesis and machines of the unconscious - a terms presents in the 1972 work Anti-Oedipus - we will try to think about Cascudo’s “religion in the people”. Este texto tem por objetivo compreender alguns aspectos da religiosidade popular brasileira, tal como pensados por Luís da Câmara Cascudo, a luz dos apontamentos realizados por Gilles Deleuze e Félix Guattari, acerca do inconsciente. A partir de uma abordagem radicalmente crítica da psicanálise, a dupla de filósofos franceses, trouxe importantes contribuições à área dos estudos da subjetividade. Lançando mão destes referenciais teóricos, mais especificamente ao que se refere aos conceitos de sínteses e máquinas do inconsciente – termos presente na obra intitulada O Anti-Édipo de 1972 -, vamos em busca de pensar a “religião no povo” de Cascudo. Este texto tiene como objetivo comprender algunos aspectos de la religiosidad popular brasileña, en el pensamiento de Luís da Câmara Cascudo, a la luz de las notas hechas por Gilles Deleuze y Félix Guattari, sobre el inconsciente. Basado en un enfoque radicalmente crítico del psicoanálisis, el dúo de filósofos franceses hizo importantes contribuciones al campo de los estudios de la subjetividad. Haciendo uso de estos referentes teóricos, más específicamente en lo que se refiere a los conceptos de síntesis y máquinas del inconsciente -términos presentes en la obra titulada O Anti-Edipo de 1972-, buscamos pensar la “religión en el pueblo” de Cascudo.