Realismo verbal no mundo mágico: Carlos Santiago Nino vs. Jorge Luis Borges

This paper is an investigation of the reference made by Carlos Santiago Nino about Jorge Luis Borges, in the fifth chapter of his Introduction to Legal Analysis, in which he introduces the concept of verbal realism. The production by Borges mentioned by Nino is the poem The Golem, which tells the st...

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Veröffentlicht in:Anamorphosis: Revista Internacional de Direito e Literatura 2020 (1), p.79-99
Hauptverfasser: Kozicki, Katya, Cardoso, Luis Gustavo
Format: Artikel
Sprache:por
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Beschreibung
Zusammenfassung:This paper is an investigation of the reference made by Carlos Santiago Nino about Jorge Luis Borges, in the fifth chapter of his Introduction to Legal Analysis, in which he introduces the concept of verbal realism. The production by Borges mentioned by Nino is the poem The Golem, which tells the story of rabbi Judah Loew, who attempted to create another human being in his rituals. Thus, this study develops new considerations on the power of words to evoke things, and the common belief that words intrinsically relate to what they represent. In order to do that, the first objective of analysis is the immediate reference of Borges, the dialogue Cratylus, by Plato, together with other references, such as Goethe’s Faust, which has a similar narrative to the analyzed poem. The question raised is whether verbal realism offers definitions to constitute the universe built up by Borges. Hence, this article concludes that words, in normative contexts, are useful for summoning certain phenomena towards the events, and that verbal realism, then, has a dimension that Carlos Santiago Nino did not explore. Este artigo investiga possíveis desdobramentos da referência que Carlos Santiago Nino faz a Jorge Luis Borges, no quinto capítulo de sua Introdução à análise do direito, quando da apresentação do assim denominado realismo verbal. O texto de Borges, citado por Nino, é o poema El Golem, que narra a história do rabino Judá León, que havia logrado, por meio de rituais específicos, criar outro homem. Nesse sentido, este estudo desenvolve suas próprias considerações acerca do poder evocativo das palavras e do papel desempenhado pela crença na existência de uma relação ínsita entre as coisas e as palavras. Para tanto, descreve o seu percurso de análise desdobrando a referência imediata de Borges, o Crátilo de Platão, bem como referências mediatas, como o Fausto de Goethe, que compartilha de narrativa semelhante. Ao perguntar pelos contornos que o realismo verbal atribui às regras definitórias que constituem o universo retratado por Borges, este artigo conclui que as palavras, em contextos rigorosamente normados, servem para chamar certos fenômenos ao acontecimento e que o realismo verbal, enfim, tem uma dimensão não desenvolvida por Carlos Santiago Nino.
ISSN:2446-8088