Carga de Trabalho de Enfermagem em Terapia Intensiva mediante a aplicação do Nursing Activities Score

Este estudo objetivou avaliar a carga de trabalho da equipe de enfermagem em duas UTIs de um hospital público mediante aplicação do Nursing Activities Score (NAS); identificar fatores demográficos e clínicos associados; e ainda comparar o dimensionamento indicado pelo NAS com a realidade da instituição. Estudo transversal, realizado com os registros de 97 pacientes internados em duas unidades de terapia intensiva em Teresina. O NAS foi aplicado durante 93 dias consecutivos, totalizando 1.382 observações, por meio de um formulário preenchido de acordo com os cuidados prestados aos pacientes e registrados nos prontuários nas 24 horas anteriores. A partir da soma total do NAS, realizou-se a caracterização da carga de trabalho conforme as suas atividades. Quantificou-se, então, a carga de trabalho em cada dia e estimou-se o número de profissionais de enfermagem necessários para o trabalho. Os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis mostraram que pacientes do sexo masculino, com doenças respiratórias, de maior gravidade, que evoluíram a óbito e com menor tempo de internação exigiram maior trabalho. A média NAS foi de 59,9 (± 13,7). Concluiu-se que os escores médios se mantiveram acima de 50% durante todo o período da coleta de dados. Houve a necessidade de ± 9,0 profissionais de enfermagem por turno, porém existiram dias em que flutuações da carga de trabalho superaram a necessidade de 10 profissionais por turno.