Reflexões sobre as diferentes facetas do ócio nos tempos contemporâneos

Ao longo do último século, o ócio experimentou um processo de modernização e democratização, especialmente com a crise de uma sociedade centrada no trabalho – o período Pós-Revolução Industrial – e o surgimento de novas ideias que colocam o tempo livre, o ócio e o lazer no papel de elementos estrutu...

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Veröffentlicht in:Revista Brasileira de pesquisa em turismo 2015-04, Vol.9 (1), p.121-137
Hauptverfasser: Bassinello, Patrícia Zaczuk, Miotello, Valdemir
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Ao longo do último século, o ócio experimentou um processo de modernização e democratização, especialmente com a crise de uma sociedade centrada no trabalho – o período Pós-Revolução Industrial – e o surgimento de novas ideias que colocam o tempo livre, o ócio e o lazer no papel de elementos estruturantes do novo contexto social e como práticas para novos modos de vida. Neste trabalho, procuramos dar foco aos aspectos significativos da realidade e função do ócio em nossa época, esclarecendo sua relação com os processos de inovação pessoal, social e econômica, estabelecendo um equilíbrio de nossos atos no pensar o ócio e trabalho, e ócio e vida, a partir de diferentes ângulos de abordagem. Para analisar esse fenômeno, baseamo-nos em fontes científicas representativas na área, de modo a elaborarmos uma visão ampliada do assunto, a partir de contribuições da perspectiva bakhtiniana. Observamos que o aumento das opções de lazer, nas últimas décadas do século XX, somado ao crescimento dos estudos do fenômeno ócio e suas possibilidades, permitiu uma evolução de seus conceitos, desde atividades ou práticas ligadas ao consumo, ao ócio digital, até ser entendido como experiência que tem como chave de discussão o sujeito que vive essas experiências. Acreditamos que essa reflexão sobre o ócio abra possibilidades de entender seu espaço no campo das ciências sociais e humanas e, de forma especial, na sua contribuição a uma nova postura de produção relacional, que estimule uma sociedade que crie e inove bens e serviços e que aprofunde os estudos do ócio, desde o horizonte experiencial dinâmico até o direito à alteridade, ao tempo de alteridade – própria e do outro - enquanto “direito à infuncionalidade”, da escuta da palavra outra.
ISSN:1982-6125
1982-6125
DOI:10.7784/rbtur.v9i1.744