Relações étnico-raciais e crianças negras e não negras em uma escola pública de Itororó-BA

Nesta pesquisa buscamos responder à seguinte questão: Como as relações raciais envolvendo crianças negras e não negras são percebidas no ambiente escolar? Para respondê-la, tivemos como objetivo geral: analisar como são percebidas as relações raciais envolvendo crianças negras e não negras no ambien...

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Veröffentlicht in:Itinerarius Reflectionis 2022-12, Vol.18 (3), p.1-21
Hauptverfasser: Jesus de Santana, José Valdir, Sousa Santos Soares, Suelma, Santos Pereira, Reginaldo, De Andrade Ferreira, Maria de Fátima
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Nesta pesquisa buscamos responder à seguinte questão: Como as relações raciais envolvendo crianças negras e não negras são percebidas no ambiente escolar? Para respondê-la, tivemos como objetivo geral: analisar como são percebidas as relações raciais envolvendo crianças negras e não negras no ambiente escolar e como objetivos específicos: descrever as reações, atitudes e comportamentos das crianças negras frente às situações de discriminação e preconceito racial; identificar a atuação de mecanismos discriminatórios e preconceituosos, entre crianças negras e não negras. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva, que utilizou as seguintes técnicas para a produção dos dados: observação e diário de campo. A pesquisa foi realizada em uma escola pública do município de Itororó/BA, no ano de 2019, com crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. A pesquisa revelou como o racismo e práticas racistas se reproduzem no ambiente escolar e o quanto professores e professoras não estão preparados para tratarem, do ponto de vista pedagógico, as expressões de preconceito e discriminação racial, naturalizando-as ou nominando-as como práticas de bullying. Esta omissão, por parte da escola, reproduz aspectos do racismo institucional e a supervalorização simbólica da brancura, da branquitude. Por outro lado, vimos como crianças negras reagem aos xingamentos e ofensas racistas, muitas vezes recorrendo à violência. Outras crianças, no entanto, calam-se porque não encontram em seus professores apoio, cuidado.  
ISSN:1679-2009
1807-9342
DOI:10.69843/rir.v18i3.71444