Ampliando o método clínico centrado na pessoa: a relação médico-paciente e a teoria do apego

Introdução: A Teoria do Apego pode ser útil para complementar o Método Clínico Centrado na Pessoa, sobretudo em seu quarto componente, “Fortalecendo a relação médico-paciente”. Objetivo: Realizar revisão integrativa de pesquisas que associem a Teoria do Apego à relação médico-paciente e extrair sua...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de medicina de família e comunidade 2022-12, Vol.17 (44), p.3071
Hauptverfasser: Pessoa, Ingrid Gonçalves, Guimarães, Samuel Carvalho, Guimarães, Emanoella Pessoa Angelim, Carleial, Germana Maria de Alcântara
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Introdução: A Teoria do Apego pode ser útil para complementar o Método Clínico Centrado na Pessoa, sobretudo em seu quarto componente, “Fortalecendo a relação médico-paciente”. Objetivo: Realizar revisão integrativa de pesquisas que associem a Teoria do Apego à relação médico-paciente e extrair sua aplicabilidade no dia a dia do médico de família e comunidade. Métodos: Revisão integrativa nas bases de dados United States National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) utilizando os termos “relação médico-paciente” e “teoria do apego”. Resultados: Identificamos 184 artigos na PubMed e um na SciELO em fevereiro de 2021, que foram reduzidos a 11 artigos. Estes tinham como cenário oncologia/cuidados paliativos ou atenção primária em geral e consideravam as vulnerabilidades de cada contexto e como elas podem ativar o sistema de apego. Percebe-se o impacto dos princípios da Teoria do Apego em diversos aspectos da relação médico-paciente e até em desfechos clínicos. Correlacionar os estilos de apego com os modelos de relação médico-paciente de Emanuel e Emanuel (1992) ajuda-nos a entender que modelo é melhor para cada estilo. Pessoas com apego “seguro” beneficiam-se de relações deliberativas; aquelas com apego “ansioso-preocupado” precisam que o médico seja mais ativo para compensar sua baixa confiança em si, como no modelo paternalista; no apego “desprendido”, o paciente necessita sentir-se independente, e o modelo informativo contribui para fortalecer a relação; e quem apresenta apego “ansioso-assustado” tende a trazer sentimentos negativos ao médico, sendo necessário compreender isso e reafirmar o elo apesar de atitudes contraproducentes por parte da pessoa, e o modelo interpretativo traz uma forma de lidar com a situação. Conclusão: A Teoria do Apego tem potencial de responder a muitas angústias que assolam a prática diária do médico de família e comunidade e que o Método Clínico Centrado na Pessoa não consegue resolver sozinho. Pode-se dizer que a Teoria do Apego complementa o Método, fornecendo ferramentas para continuar conduzindo-o em seus quatro componentes.
ISSN:1809-5909
2179-7994
DOI:10.5712/rbmfc17(44)3071