O uso da Online Dispute Resolution no judiciário brasileiro

A Online Dispute Resolution (ODR) tem se destacado como uma ferramenta tecnológica inovadora para a resolução de conflitos, especialmente em um mundo cada vez mais globalizado e digital. A ODR utiliza plataformas digitais para mediar disputas de forma eficiente, rápida e acessível, eliminando a necessidade de interações físicas entre as partes. No Brasil, a implementação da ODR surge como uma solução promissora para enfrentar os desafios de morosidade processual e falta de acesso à justiça, problemas que afetam o sistema judicial do país, um dos mais sobrecarregados do mundo. A relevância deste estudo reside na possibilidade de modernização do Judiciário brasileiro, onde a adoção da ODR poderia trazer maior agilidade na tramitação de processos, reduzir os custos operacionais e aumentar a satisfação dos cidadãos. Com o aumento das interações digitais e o comércio eletrônico, a demanda por soluções rápidas e flexíveis para resolver disputas cresce significativamente, tornando a ODR uma alternativa estratégica. A problemática central do estudo questiona as implicações da ODR e das "Online Courts" no futuro do Judiciário brasileiro, analisando os potenciais benefícios e desafios da adoção dessas tecnologias. A hipótese sugere que a ODR pode proporcionar maior praticidade e eficiência, ao mesmo tempo em que reduz a morosidade e os custos processuais. O objetivo geral é investigar como a ODR pode impactar o sistema judicial brasileiro, identificando suas ferramentas tecnológicas e sua capacidade de integrar-se aos processos tradicionais. Além disso, o estudo busca avaliar os resultados das experiências já realizadas com a ODR, tanto no Brasil quanto no exterior, com foco nos benefícios, como agilidade e acessibilidade, e nos desafios, como a resistência à mudança e a segurança de dados. Esse estudo é estruturado em três partes: a evolução histórica da ODR, suas modalidades internacionais e as perspectivas de sua aplicação no Brasil, visando à modernização e eficiência do Judiciário.