Perdas na colheita de arroz irrigado utilizando colhedora autopropelida com plataformas draper em diferentes velocidades de deslocamento

A cultura do arroz irrigado possui diversas particularidades, entre elas destacam-se as perdas no processo de colheita mecanizada, fato evidenciado quando se busca nas diversas bases de dados, artigos técnico-científicos relacionados ao assunto e o resultado é escasso. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi analisar como se comporta uma colhedora autopropelida de arroz irrigado equipada com dois tamanhos de plataforma de corte em cinco velocidades de deslocamento em relação às perdas quantitativas de grãos que ocorrem no sistema de corte e recolhimento (parte dianteira da máquina - plataforma), no sistema de processamento dos grãos (mecanismos de trilha, separação e limpeza – traseira) e a perda total. O experimento realizou-se em uma propriedade agrícola produtora de arroz localizada no Departamento de Treita y Tres – Uruguai, com uma colhedora John Deere, modelo 9.670 STS Rice. Foram realizados dez tratamentos compostos por duas plataformas, com dimensões de 7,6m (25 pés) e 9,1m (30 pés) de largura de trabalho, ambas dotadas de sistema draper e cinco velocidades de deslocamento: 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0km.h-1. A quantidade da perda ocorrida na plataforma e na traseira da máquina foi medida com sistema de coletores plásticos e lona nos sistemas de limpeza e separação, respectivamente. Os dados foram submetidos à análise da variância (ANOVA) e de regressão, assim como ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados encontrados nas condições dos testes mostram que as perdas na plataforma foram independentes da velocidade de deslocamento, enquanto na traseira, aumentaram com o acréscimo da velocidade, sendo maiores com o emprego da plataforma de maior dimensão. O emprego de velocidades superiores a 3,5km.h-1 causam perdas totais na colhedora superiores a 3%. As perdas de grãos na traseira aumentam exponencialmente com a taxa de alimentação.