Governança migratória na América do Sul: análise das políticas Colombianas frente ao fluxo de migrantes Venezuelanos

Nos últimos anos, a Venezuela tem enfrentado uma série de desafios, incluindo conflitos internos, dificuldades econômicas e hostilidades, levando muitos de seus cidadãos a buscar refúgio em outros países sul-americanos. Esse fenômeno migratório se destaca na região, tendo como principais destinos a Colômbia, o Peru, o Brasil, o Equador, o Chile e a Argentina. Nesse contexto, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência das Nações Unidas especializada no enfrentamento dos desafios relacionados a migrações humanas, desenvolveu os Indicadores de Governança Migratória (IGM), oferecendo diretrizes para políticas migratórias eficazes em colaboração com as autoridades nacionais. Diante desse contexto, a pergunta central deste estudo é: como a Colômbia, o país que mais recebeu migrantes e refugiados, com cerca de 3 milhões de pessoas, gerencia suas políticas migratórias diante do fluxo de migrantes venezuelanos? O objetivo é explorar a estrutura de governança migratória implementada por essa nação, utilizando uma abordagem metodológica qualitativa e descritiva, com o estudo de caso como método. Para coletar os dados primários, foi empregada uma entrevista semiestruturada e, para os dados secundários, pesquisas bibliográficas e documentais. O estudo busca identificar, através dos parâmetros estabelecidos pela OIM, os mecanismos utilizados nas políticas migratórias colombianas frente a esse expressivo número de migrantes, com o intuito de exemplificar como as evidências, apresentadas na Colômbia, apoiam a aplicabilidade global de determinadas teorias, nesse caso os IGM desenvolvido pela OIM. Fornecendo as bases para a construção de um modelo que sirva como base para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes para lidar com os fenômenos migratórios na América do Sul. A relevância desta pesquisa reside em seu potencial impacto social e acadêmico, ao oferecer oportunidades de aprimoramento no acolhimento dos migrantes e na mitigação dos desafios enfrentados pelos países receptores, por meio do desenvolvimento e implementação de políticas públicas direcionadas a esse grupo específico de indivíduos.